EUA elevam tarifas sobre Canadá e México, consideram nova taxa para a China e ameaçam o Brasil com sanções de 100% caso o BRICS avance em moeda própria
A partir de 1º de fevereiro, produtos do Canadá e do México ficarão mais caros nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump anunciou, na noite de quinta-feira (30), a imposição de tarifas de 25% sobre as importações desses países, justificando a decisão com três principais fatores: o volume de imigrantes que entram nos EUA por essas fronteiras, o tráfico de drogas e os "enormes" subsídios que o governo americano oferece a seus vizinhos.
No entanto, Trump indicou que o petróleo canadense e mexicano não será afetado pela nova tarifa, afirmando que essa questão dependerá das condições do mercado. “Vamos ver, depende do preço, depende se eles nos venderão corretamente”, declarou o republicano.
Brasil e BRICS sob ameaça
Além das novas tarifas contra Canadá e México, Trump também voltou a ameaçar o Brasil e os demais membros do BRICS. O presidente americano alertou que aplicaria uma tarifa de 100% sobre as importações desses países caso o bloco siga adiante com seu plano de criar uma moeda própria para substituir o dólar nas transações internas.
“Vamos exigir um compromisso desses países aparentemente hostis de que eles não criarão uma nova moeda nem apoiarão qualquer outra para substituir o poderoso dólar americano. Caso contrário, eles enfrentarão tarifas de 100% e deverão dizer adeus às vendas para a maravilhosa economia dos EUA”, declarou Trump.
O presidente ainda ironizou a situação, dizendo que os países do BRICS “podem procurar outro ‘otário’”.
Mercado de olho na inflação americana
Enquanto isso, o mercado financeiro segue atento às novas tarifas de Trump e aos indicadores econômicos dos Estados Unidos. A expectativa é que o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE, na sigla em inglês) acelere de 0,1% para 0,3% em dezembro na comparação mensal. Já na base anual, a projeção é de um aumento de 2,4% para 2,6%.
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