Sesi inova e utiliza laboratórios portáteis em aulas de Ciências da Natureza, uma tecnologia inédita no Brasil
Foi-se o tempo em que na educação o professor falava e o aluno copiava. Hoje, as novas formas de ensino estão muito mais voltadas para o perfil dos estudantes, que praticamente começam a vida conectados às tecnologias. Por conta dessas características, as escolas SESI já dispõem de várias metodologias que despertam o interesse do aluno, justamente por se aproximarem da área de interesse dos chamados nativos digitais.
A mais recente inovação, que já está sendo implantada neste mês de fevereiro nas escolas da rede SESI no Pará, são os laboratórios portáteis para as aulas de Ciências da Natureza (ciências naturais, biologia, física e química). Trata-se de uma tecnologia de origem israelense, que inclusive está sendo trazida com exclusividade pelo SESI para o Brasil.
Para Márcia Arguelles Pantoja, gerente de educação do SESI Pará, além de trazer praticidade, o laboratório portátil deve facilitar o aprendizado dos alunos. “Eles poderão trabalhar em grupos, em aulas mais dinâmicas, com a parte teórica e experimental simultaneamente, visando a cultura maker, que é o aprender a fazer, fazendo. Além disso, o equipamento pode ser transportado facilmente, permitindo atender os estudantes em qualquer lugar, a qualquer momento, principalmente em aulas de campo, quando há necessidade de realizar alguns experimentos no local”, destacou.
O engenheiro eletrônico Arnaldo Ortiz Clemente, mestre em engenharia e doutorando em mecatrônica pela Unicamp, mais conhecido como “Tiozão”, foi quem ministrou a capacitação dos professores do SESI Pará nos dias 15 e 16 de fevereiro e que no dia 11 de maio vai prestar consultoria técnica on-line para tirar as dúvidas restantes. “A intenção é trabalhar com os jovens do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, para entenderem o que se passa na natureza, através das medições: temperatura, umidade, pressão do ar”, exemplificou.
De acordo com ele, o grande diferencial desse laboratório de ciências é que seu uso não se limita somente ao espaço físico da sala de aula, podendo a turma de estudantes atuar em espaço aberto. “Chega embaixo de uma árvore, onde a temperatura é menor e a umidade é um pouco maior, tudo isso para que leve esses jovens a trabalhar e entender esse universo da ciência e tecnologia que nos cercam”, ressaltou.
Do ponto de vista do professor, “Tiozão” apontou que foi trabalhado junto com o SESI nacional um material de apoio para eles possam aplicar nas aulas, mas que as possibilidades dos equipamentos são infinitas. “Os professores têm um conjunto de ferramentas nas mãos pelas quais podem viajar na criatividade, criando novas aulas e novos contextos de aprendizagem”, contou, acrescentando o quanto os novos recursos do laboratório servirão como ferramenta para os docentes atraírem a atenção dos alunos. “A gente está trabalhando hoje com jovens que são muito conectados. Aquele método pelo qual passei, que era o professor chegar na lousa, passar as informações, e o aluno copiar, hoje o aluno não se satisfaz mais com isso. Ele precisa vivenciar, então o experimento que vem com esses equipamentos ajuda demais os alunos. É muito importante esse processo que o SESI propicia aos professores e são poucas as escolas e redes que dão todas essas ferramentas para o professor”, avaliou.
Participante do treinamento, o professor de Ciências da Natureza, Welton Bentes, da Escola SESI Belém, disse que na próxima semana começa a usar o laboratório em sala de aula. “A questão da praticidade de poder levar o laboratório em qualquer ambiente e nesse ambiente poder usar ferramentas que só poderiam ser usadas em laboratório físico, isso é um dos maiores ganhos que vamos poder aplicar com nossos alunos”, destacou o docente.
Fonte: Gerência de Comunicação FIEPA - GECOM
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