Uma inteligência artificial está sendo utilizado para automatizar tarefas de plantio em área da Amazônia
A ABB Robótica anunciou um projeto-piloto, em parceria com a ONG norte-americana Junglekeepers, usando a tecnologia de nuvem e a robótica para tornar o reflorestamento mais rápido, eficiente e escalável. Em uma demonstração inédita, o robô colaborativo YuMi, criado pela ABB, está sendo utilizado para automatizar tarefas de plantio em um laboratório na Amazônia peruana.
A missão da Junglekeepers é proteger 55 mil acres de floresta amazônica e reverter o desmatamento. Por meio da tecnologia RobotStudio Cloud, os especialistas da ABB simulam, refinam e implantam a programação necessária para as tarefas do robô na floresta, mesmo estando a 12 mil km de distância, em Västerås, na Suécia.
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O robô, movido a energia solar, consegue realizar completamente a tarefa de plantio de sementes: ele cava um buraco no solo, joga a semente, compacta o solo e o marca com uma etiqueta com código que facilita o monitoramento.
“A colaboração da ABB com a Junglekeepers demonstra como a robótica e a tecnologia de nuvem podem desempenhar um papel central no combate ao desmatamento como um dos principais contribuintes para a mudança climática”, disse Sami Atiya, presidente da área de negócios de Robotics and Discrete Automation da ABB. “Nosso projeto-piloto com o robô mais remoto do mundo está ajudando a automatizar tarefas altamente repetitivas, liberando voluntários para realizar trabalhos mais importantes na floresta tropical e ajudando-os a conservar a terra em que vivem.”
“Até o momento, perdemos 20% da área total da floresta amazônica; sem o uso da tecnologia atual, a conservação ficará paralisada”, explica Moshin Kazmi, cofundador da Junglekeepers. “Ter o YuMi em nossa base é uma ótima maneira de expor nossos guardas florestais a novas formas de fazer as coisas. Isso acelera e expande nossas operações e avança nossa missão”, conclui.
Segundo a ABB, como o robô funciona de forma totalmente remota, não há a necessidade de manter profissionais no local para operar o equipamento. Após a instalação inicial, o YuMi pode realizar suas tarefas de forma autônoma, apenas com a resolução de problemas quando necessário. O projeto também permite que equipes de todo o mundo colaborem em tempo real.
O projeto durará aproximadamente seis semanas (entre maio e junho). Após a conclusão do programa piloto, a ABB afirma que pretende explorar oportunidades para continuar ajudando a ONG, além de investigar outras formas para que suas soluções robóticas e tecnologias de nuvem possam ser utilizadas na floresta.
Texto publicado em UM SÓ PLANETA.
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