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Foto do escritorRodrigo Souza

Startup que está revolucionando mercado de telefonia se prepara para operar em Belém

Atualizado: 29 de jun. de 2021

Não aguenta mais sua operadora de celular? Esta nova operadora 100% digital quer fisgar o público insatisfeito com o mercado de telefonia tradicional


Startup que está revolucionando mercado de telefonia se prepara para operar em Belém
Os fundadores da Fluke (da esq. à dir.): Augusto Pinheiro, Vinícius Akio, Marcos Oliveira e Yuki Kuramoto

Quatro jovens — todos na faixa dos 20 e poucos anos — , inspirados pelo movimento dos bancos digitais e dispostos a resolver o descontentamento dos brasileiros com os serviços tradicionais de telefonia, criaram uma startup de telefonia 100% digital, via app, sem a necessidade de o cliente ir a pontos físicos de atendimento ou recarga.


A Fluke começou as atividades em São Carlos, no interior paulista. No mercado há pouco mais de um ano, a startup já conta com 6 mil clientes, nos estados de Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo, além do Distrito Federal.



Com os aportes de mais de 7 milhões levantados, a empresa pretende expandir para todo Brasil, e isso inclui o norte, mais precisamente na cidade de Belém.


A precisão é que nos próximos meses estejam enviando os chips para os novos clientes da região amazônica.


Como nasceu a operadora digital


Marcos Oliveira e Augusto Pinheiro estavam contentes com um empreendimento chamado Insta Media, do ramo de redes sociais, mas sabiam que não era aquilo que desejavam fazer a longo prazo. Vinícius Akio e Yuki Kuramoto (todos naturais de Goiás) também queriam montar um negócio. Os quatro, então, se juntaram para pensar uma nova empresa.


Depois de pesquisar diferentes áreas, Marcos chegou com a proposta de empreender no mercado de telefonia móvel, uma área cheia de reclamações e problemas a sanar:


“Todo ano, mais de 90 milhões de brasileiros trocam de operadora porque estão insatisfeitos com o serviço. Hoje 40% das reclamações no Procon são contra essas empresas, sendo que 70% é por falta de transparência”, explica ele.

Tomando como inspiração o movimento de ascensão dos bancos digitais, os quatro entenderam que o mercado de Telecom também precisava de mudanças e chegaram ao que seria a Fluke, uma operadora de rede móvel virtual.


Como funciona na prática


A Fluke aluga a infraestrutura de rede de uma grande operadora (a Vivo) e foca na experiência do usuário — área em que, segundo Marcos, as gigantes da telefonia estão falhando. Para os clientes, os benefícios são a flexibilidade e a transparência.


“É muito importante que a gente deixe claro para o cliente quanto ele está consumindo e pagando. Aí está a transparência. A partir do momento que tem essa informação, ele pode decidir se quer alterar seu plano — ou seja, há flexibilidade”.

O cliente resolve tudo sozinho pelo aplicativo, sem burocracia. Hoje, o pacote mais simples, de 5 gigabytes e ligações ilimitadas, custa R$ 39,99 mensais. E o mais completo, de 30 gigabytes mais ligações ilimitadas, R$ 129,99 mensais.


O consumidor ainda pode personalizar planos dependendo de sua necessidade. O chip é enviado gratuitamente para a casa do cliente quando ele contrata a startup.


Fase de aporte e investimentos


Quando começaram a empresa, em 2018, os sócios tinham em mãos 50 mil reais, montante vindo das economias dos quatro.


A ideia era captar o primeiro aporte em janeiro de 2019, mas isso só aconteceu em maio. Até lá, Marcos conta que os sócios acabaram se endividando. “Eu já estava devendo uns 8 mil reais no cheque especial”, diz o CEO. Felizmente, pouco tempo depois, veio o primeiro aporte. E no mesmo ano, o segundo.


Nessas duas rodadas, a Fluke captou 2 milhões de reais junto a investidores como Diego Marrara, sócio do Distrito, Pedro Conrade, fundador do banco digital Neon, Henrique D’Amico, do Goldman Sachs, e o family office da família Goldfarb, dona das Lojas Marisa.


Em abril deste ano, com pouco mais de um ano de operação e faturamento de 166 mil reais (naquele mês), a Fluke abriu mais uma rodada de investimento pela plataforma de crowdfunding Kria, com a intenção de captar 5 milhões de reais. Chegou a bater o teto da oferta em 90 dias (prazo da campanha), com a participação de 547 investidores.


O plano é usar 50% do montante para acelerar seu poder de aquisição, especialmente nos estados em que atua comercialmente. Os outros 40% serão alocados para novas contratações (hoje o time tem 30 pessoas) e o restante irá para a aquisição de novos equipamentos e soluções.

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