A bioeconomia atrelada a sustentabilidade pode trazer várias vantagens para a sua empresa, além de atrair os olhares de investidores e cliente para o negócio
Estamos cada vez mais próximos do maior evento mundial para o clima, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que ocorrerá em Belém , em 2025. Um dos pontos discutidos em eventos como este é a sustentabilidade e a bioeconomia.
Esses dois pilares do desenvolvimento sustentável andam juntos. Segundo a Embrapa, o objetivo da bioeconomia é "oferecer soluções para a sustentabilidade dos sistemas de produção com vistas à substituição de recursos fósseis e não renováveis". E para o Brasil, que é dono da maior biodiversidade de flora e fauna do planeta - com mais de 100 mil espécies animais e cerca de 45 mil vegetais conhecidas – é importante investir em um modelo econômico baseado no uso sustentável de recursos naturais.
De acordo com a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a bioeconomia movimenta no mercado mundial 2 trilhões de Euros e gera cerca de 22 milhões de empregos. Estudos da organização apontam que a bioeconomia responderá, até 2030, por 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB) dos seus países membros, percentual que poderá ser ainda maior em países como o Brasil, que dispõe de grande biodiversidade e políticas públicas para fortalecer as cadeias produtivas que utilizam os recursos naturais de forma sustentável e consciente (The Bioeconomy to 2030: Designing a Policy Agenda. OCDE, 2009).
Um mapeamento realizado pelo Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável da Amazônia (Idesam), ONG que coordena o PPBio, identifica a existência de pelo menos 204 startups de bioeconomia na Amazônia Legal, que é composta pelos estados do Pará, Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão. Ou seja, um número consideravelmente baixo para a quantidade de Estados compreendidos nesse recorte.
Por isso, para 2024, é necessário investir na sustentabilidade dentro das empresas e a Plataforma Belém Negócios traz algumas vantagens que esses dois pilares podem acrescentar para o seu negócio.
É um mercado em expansão
Como os dados apontam, na Amazônia são poucas empresas que utilizam práticas sustentáveis ou que priorizam a bioeconomia. Por isso, uma empresa seja ela tradicional ou não, que investe e se posiciona a favor da sustentabilidade passa a ter uma vantagem competitiva forte.
Além de poder receber incentivos e investimentos a partir dos editais que são disponibilizados especificamente para empresas com um perfil bioeconômico.
Para se ter uma ideia, segundo a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), a bioeconomia pode gerar US$ 284 bilhões por ano até 2050 – mais de R$ 40 trilhões em apenas 27 anos. Somente nos próximos dez anos, a Amazônia sozinha representa um potencial cujo valor chega a US$ 50 bilhões.
Fortalece as práticas de ESG
ESG é uma sigla, em inglês, que significa environmental, social and governance, e corresponde às práticas ambientais, sociais e de governança de uma organização.
Os critérios ESG estão totalmente relacionados aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pelo Pacto Global, iniciativa mundial que envolve a ONU e várias entidades internacionais.
Estar envolvido com práticas sustentáveis ou incorporar aspectos da sustentabilidade às atividades da empresa fortalece as práticas de ESG e alinha o negócio ao mercado atual, fazendo com que a marca se destaque não apenas para o consumidor, mas também para investidores.
Fideliza o público
É inegável que hoje os consumidores estão muito mais atentos a procedência dos produtos consumidos do que antes. Esse olhar mais atento faz com que as empresas que fiscalizam o seu processo produtivo e/ou utilizam de meios sustentáveis para a produção, ganhem prioridade dentre as demais.
Um exemplo disso, foi a grande transformação que ocorreu nos últimos anos a respeito da utilização de produtos "cruelty free", ou seja, livres de crueldade, que não foram testados em animais.
Sendo assim, uma marca que utiliza meios sustentáveis e que faz parte da bioeconomia potencializa a identificação com o público, fazendo com que a sua marca esteja sempre entre as primeiras que vem a mente quando o consumidor decide fazer uma compra.
Potencializa o desenvolvimento local
Quando uma empresa integra aspectos como clima, biodiversidade e sustentabilidade ao seu portfólio ou a rede de fornecedores, a marca passa a promover impactos positivos ao longo da sua cadeia produtiva.
Além disso, a parceria com marcas que fazem parte da bioeconomia potencializa o desenvolvimento das regiões de atuação do negócio, promovendo melhorias para o mercado e para a comunidade.
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