Belém foi destaque na região norte, enquanto São Luís, São Paulo, Porto Alegre e Brasília foram os líderes de suas respectivas regiões
O novo Índice de Favorabillidade para o Turismo (IFT-GKS) apontou quais capitais dos estados brasileiros têm a capacidade de atrair e sustentar o turismo de forma competitiva, considerando aspectos sociais, econômicos e de infraestrutura. O ranking é formado a partir de nove variáveis, como segurança, acesso a serviços essenciais e qualidade da infraestrutura turística.
São Paulo lidera o ranking com 78,59 pontos, de 100 possíveis, seguida por Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Porto Alegre (50,68), Brasília (48,98), São Luís (39,56) e Belém (34,96) lideram em suas respectivas regiões.
“O Brasil tem diferentes cenários de turismo, que vão além da básica diferenciação entre lazer e negócios. Diferentes projetos podem e devem ser propostos, desde que alinhados às características da região em análise, e precisam ser complementares às demais atividades econômicas da região” afirma a professora da Universidade de São Paulo e integrante do conselho técnico do IFT-GKS, Mariana Aldrigui.
Como funciona
O IFT-GKS considerou nove variáveis que foram agrupadas em três dimensões: social, econômica e de infraestrutura de turismo. A dimensão Social considerou elementos de violência, acesso à saúde, acesso a esgoto e nível educacional da população. Já a dimensão econômica considera verificou a relação de beneficiários do Bolsa Família com estoque de empregos, renda média e densidade de acesso à banda larga.
Por último, a dimensão Turismo analisou a disponibilidade de leitos em meios de hospedagem e tarifa média para chegar ao destino (Veja a Tabela 3 de Dimensão e indicadores). Para fins de cálculo do ranking, a dimensão Turismo teve peso dois.
Para cada uma das variáveis, foi criado um ranking com pontuação de 1 a 10 pontos possíveis, sendo que a capital com o melhor índice recebe 10 pontos e as demais são ranqueadas relativamente ao líder do ranking. No Gráfico 1 é possível ver a pontuação por dimensão.
“O IFT-GKS é uma iniciativa para colaborar na ampliação das análises técnicas do turismo, combinando dados e informações de diferentes setores a análises localizadas, para que governos, investidores e analistas possam estar mais seguros em relação às suas ações futuras”, diz Guilherme Dietze, economista, presidente do Conselho de Turismo Fecomercio de São Paulo e integrante do conselho técnico do IFT-GKS.
O ranking será atualizado semestralmente com objetivo de manter o mercado atento às oportunidades no turismo. “Empresários e governantes podem encontrar, em projetos de turismo, uma ótima opção de investimento, e nossa intenção é poder subsidiar tais decisões com dados bem fundamentados e confiáveis”, afirma Cassio Garkalns, CEO da GKS.
Belém
Na apuração por região, a capital paraense foi destaque com 34,96 pontos. Surpreendendo no ranking, Rio Branco (AC) ficou a frente de Manaus (AM) com 27,01 contra 26,26. Boa Vista (RR), com 22,09; Porto Velho (RO), com 21,08; e Macapá (AP), com 18,31 estão logo abaixo no ranking da região Norte.
O estado do Tocantis foi considerado como parte do Centro-Oeste brasileiro pelo Índice de Favorabillidade para o Turismo (IFT-GKS). Sendo assim, Palmas (TO) ficou com a pontuação de 33,32, sendo a última colocada da região. Se a cidade fosse considerada parte da Região Norte no Índice, a capital do Tocantis estaria em segundo lugar, logo abaixo de Belém.
Na pontuação por dimensão, Belém obteve 14,9 no âmbito social, 8,8 no turismo e 11,3 na dimensão econômica. Manaus ficou com 9,8 no social, 5,8 no turismo e 10,7 no econômico. Confira todas as pontuações abaixo:
No ranking geral, Belém foi a capital da região norte mais bem posicionada, ficando em 17º. As demais cidades da região norte ocuparam as últimas colocações do ranking, com Rio Branco em 23º, Manaus em 24º, Boa Vista em 26º, Porto Velho em 27º e Macapá sendo a última colocada em 28º. São Luís (MA) foi a capital mais bem posicionada do nordeste, ficando em 10º com 39,56 pontos.
Fonte: GKS Inteligência Territorial
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