Projeto bilionário de megaterminal pode colocar porto brasileiro entre os maiores do mundo
- Otto Marinho
- 14 de mar.
- 2 min de leitura
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ) vai realizar, no dia 18 de março, a partir das 14h30, a audiência pública para tratar do arrendamento do Terminal de Contêineres Santos 10 (Tecon Santos 10), licitação que vai aumentar em 50% a capacidade do Porto de Santos (SP)

O Porto de Santos poderá subir de posição no ranking dos maiores portos do mundo com o futuro Terminal Logístico (TPL), um terminal de uso privado da Triunfo Participações e Investimentos. O complexo porto-ferroviário será instalado na Área Continental de Santos e movimentará 20 milhões de toneladas por ano, quase o total movimentado de Vila do Conde (Pará) em 2024, que foi de 19 milhões de toneladas. O projeto está em fase de elaboração de Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima).
O projeto do megaterminal, que será o maior leilão da história portuária brasileira com previsão de investimento de R$ 5,6 bilhões, deve criar as condições para que o Porto de Santos (SP) se torne um hub para toda a América Latina.
O empreendimento foi restruturado recentemente pelo Ministério de Portos e Aeroportos e pela Agência e está desenhado para ser o maior terminal do Porto de Santos, consolidando-se como um empreendimento essencial para atender à demanda de movimentação e armazenagem de contêineres e carga geral no complexo portuário.
Os aportes financeiros que serão alocados no terminal, ao longo de 25 anos, vão viabilizar intervenções na área arrendada e nas áreas comuns do porto, incluindo serviços de dragagens da área de manobra e dos berços de atracação do novo terminal.
Com o crescimento das importações e a chegada de novas infraestruturas, o Porto de Santos reforça sua posição como um dos principais pólos de comércio exterior do Brasil.
Cronograma
O cronograma do ministério prevê, após a consulta pública, o envio do projeto bilionário ao Tribunal de Contas da União (TCU) no fim de abril, a publicação do edital em setembro e o leilão em dezembro deste ano, para que o contrato seja assinado em meados de 2026.
No mercado, expectativa é de interesse de grupos como MSC, Maersk, ICTSI, PSA, CMA CGM e J&F, dizem fontes
Na disputa, as duas empresas de navegação com maior atuação no Brasil, Maersk e MSC, são dadas como concorrentes certas – caso não haja restrição à participação dos grupos. Hoje as companhias já são sócias em um terminal de contêineres do porto, a BTP (Brasil Terminal Portuário). A CMA CGM, outra companhia de navegação, que recentemente comprou o controle da Santos Brasil, que tem um grande terminal de contêineres em Santos, também deverá se interessar, assim como outros armadores, por exemplo a chinesa Cosco, segundo fontes.
Grupos portuários internacionais como a PSA, da Temasek (de Cingapura, que chegou a negociar a Wilson Sons), e a ICTSI, das Filipinas (que já tem terminais no Brasil), também são apontadas como potenciais interessadas. Outra empresa que poderá se interessar é a J&F, da família Batista, que recentemente assumiu o controle do terminal de contêineres em Itajaí (SC), segundo pessoas que acompanham o projeto.
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