Plataforma de hospedagens avisa que 87% das acomodações já estão ocupadas para o período do evento
A Conferência das Partes (COP-30) está a menos de um ano de acontecer na capital paraense. Marcada para novembro de 2025, a COP-30 já começa a apontar os efeitos da realização de um evento global a partir da alta nos preços das hospedagens.
O assunto, que foi considerado um dos maiores entraves para a realização do evento em Belém, agora vem a tona com outra problemática, os preços. Segundo informações divulgadas pelo Diário do Pará, as hospedagens para o próximo ano já chegam a casa dos milhões de reais.
Paraenses estão visando o lucro
Uma pesquisa direcionada em duas das plataformas mais utilizadas para reservas em todo o mundo, colocando o período de realização do evento (10 a 21 de novembro), revela que a intenção dos donos de imóveis em Belém e região metropolitana é o lucro.
Locação para uma pessoa, de 10 a 21 de novembro
Apartamento de 118m², no centro da cidade: R$ 1, 4 milhão
Locação para duas pessoas, de 9 a 24 de novembro
Apartamento de 118m², no centro da cidade: R$ 2,4 milhões
Apart-hotel, centro da cidade, 102m²: R$ 300 mil
Outras acomodações: de R$ 20 mil e R$ 300 mil
De modo geral, as hospedagens de vários tamanhos e tipos, variam entre R$ 20 mil e R$ 300 mil. A plataforma também envia um alerta de que 87% dos alojamentos já estão indisponíveis para o período do evento. A expectativa é que a capital paraense receba mais de 60 mil visitantes.
O presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS), Fernando Soares, explicou ao O Liberal que, nesse cenário, quando a demanda aumenta, quem detém os empreendimentos também dita o preço. "Esse aumento de preços se deve muito a isso, uma demanda muito alta com um baixo número de meios de hospedagem, isso com certeza valoriza quem tem”.
“Os preços que vêm sendo praticados são uma prévia do que vai acontecer ano que vem. Evidentemente, quanto mais perto do evento, maior fica o valor e mais difícil fica você conseguir uma hospedagem em qualquer meio possível. A gente já sabe que vamos ter aproximadamente 40 mil, acho que nem chega a isso, de leitos disponíveis para um público que se estima entre 70, 80 mil pessoas. Vai ser uma briga de foice no escuro, essa é a verdade, porque vai ter uma dificuldade muito grande”, avaliou Soares ao O Liberal.
Preços menores
Outras plataformas de aluguel de domicílios, como o Airbnb, também oferecem opções de estadias com preços menores. Porém, apresentam algumas limitações de datas e espaço. No mesmo período, é possível encontrar quartos e apartamentos menores por cerca de R$ 1.500. Em alguns casos os valores chegam a R$ 43 mil, mas essa flutuação depende da qualidade do imóvel, espaço, e demais serviços incluídos.
Fernando Soares afirmou acreditar ter demanda para todas as plataformas e tipos de hospedagem, já que com a quantidade de leitos disponibilizada atualmente ainda não seria possível suprir a demanda existente para o período do evento. “Isso tem que ser solucionado de alguma maneira, e o jeito mais em conta e ágil é exatamente a locação de imóveis por temporada ou Airbnb, a modalidade que for. Isso não atrapalha o setor em absolutamente nada. Todos os meios de hospedagem vão lucrar”, afirmou ao Liberal.
Com informações do Diário do Pará e O Liberal