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Potências dos Brics levarão posicionamento único sobre financiamento climático à COP 30

Foto do escritor: Otto MarinhoOtto Marinho

Negociadores do bloco se reúnem em Brasília para alinhar prioridades antes da cúpula no Rio. Segundo estimativa oficial, é necessário levantar US$ 1,3 trilhão


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Foto: Getty Images

Os países que compõem o Brics (Brasil, além de Rússia, Índia, China e África do Sul, além de outros países) tentarão chegar a um posicionamento único para levar à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30) um comum acordo sobre o financiamento de ações climáticas, segundo o negociador-chefe do Brasil no Brics, embaixador Maurício Lyrio.


Os negociadores dos países que integram o Brics vão se reunir em Brasília, nesta semana, para debater os temas prioritários traçados pelo Brasil, além de buscar pontos de convergência. Em julho, uma cúpula de chefes de Estados vai acontecer no Rio de Janeiro.


De acordo com fonte oficial, é estimado cerca de US$ 1,3 trilhão para combater as mudanças climáticas. A COP do ano passado, em Baku (Azerbaijão), chegou ao valor de US$ 300 bilhões, valor bem menor em comparação a projeção atual.


Há o interesse dos países do Brics de reforçar a coordenação, durante a presidência brasileira, para levar uma posição conjunta sobre a questão do financiamento do combate à mudança do clima. [...] Então, isso tem uma prioridade alta da presidência brasileira", disse à TV.

Uma das prioridades do governo brasileiro é discutir modelos de financiamento de ações climáticas para garantir que países em desenvolvimento tenham os recursos necessários, repassados, por exemplo, pelos países mais ricos, historicamente os maiores poluidores ambientais.


Preparativos para a COP 30


O evento está marcado para novembro, em Belém (PA). Considerado o maior do tipo, a COP deverá reunir representantes de mais de 190 países — além de representantes de entidades ambientais e da sociedade civil — para discutir sobre questões do clima. 


A cerca de oito meses de receber a visita de milhares de pessoas, Belém do Pará está com os preparativos para a 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30) em pleno andamento. O Parque da Cidade, que sediará a programação principal, está com 74% das obras concluídas.


A expectativa é de que o encontro, que reunirá equipes da ONU e de seus países membros no mês de novembro, chame a atenção internacional para um Brasil que vem investindo em matrizes de energia renovável.


Desafios


O Brasil tem o desafio de mobilizar compromissos conjuntos e ações concretas à altura da urgência imposta pela crise climática. Para o enfrentamento da crise climática, temas cruciais devem ser abordados além do financiamento climático para mitigação das emissões de gases de efeito estufa,  como a adaptação dos países às consequências da crise climática e para reparação de perdas e danos.


A transição energética e justa para a eliminação dos combustíveis fósseis também é um debate relevante, assim como combate ao desmatamento e à degradação de vegetação nativa. 


Além disso, a COP 30 será um momento decisivo para discutir a Meta Global de Adaptação, que define indicadores para orientar os países a adotarem medidas de adaptação à crise climática e monitorarem a implementação dessas ações. Outro ponto relevante será o debate sobre a execução das novas NDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas), essenciais para avançar no cumprimento das metas climáticas globais. 


Expectativas


Espera-se que a COP 30 promova uma ampla participação da sociedade civil, incentivando a justiça climática e valorizando os saberes e soluções dos povos indígenas, comunidades quilombolas e grupos tradicionais e periféricos, que estão entre os mais impactados pelos efeitos da crise climática. 


A realização desta Conferência na Amazônia projeta esse bioma como fundamental para o equilíbrio ambiental do planeta e destaca a importância de proteger os ecossistemas globais como uma das formas de frear a crise climática.





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