Pandemia está em quarto lugar no ranking de preocupações dos empresários brasileiros. Agora a dor de cabeça paira em torno da política e da inflação
As eleições que se aproximam são a principal preocupação do grupo empresarial brasileiro. É o que diz uma pesquisa realizada pela Deloitte Global e divulgada com exclusividade pela CNN Brasil, nesta quarta (26).
Segundo a pesquisa, dos 491 empresários consultados, 68% citaram o processo eleitoral como preocupação.
O grupo de empresários lidera empresas que somam R$ 2,9 trilhões em receitas estimadas para 2021, o que representa 35% das receitas sobre o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.
As entrevistas foram feitas entre 26 de novembro e 20 de dezembro do ano passado. O resultado:
68% citaram o processo eleitoral como preocupação,
Seguida por 65% que apontaram as instabilidades políticas,
Inflação acima de 5% (61%),
Uma nova onda de Covid-19 (48%),
A desvalorização do real (43%),
E riscos fiscais (40%).
Apesar da destruição econômica e social deixada pela covid-19, os executivos acreditam que a pandemia não se configura mais como o principal desafio do ano. Após 22 meses lidando com a imprevisibilidade que a crise sanitária trouxe ao mundo, em todos os sentidos, o assunto ainda está entre os mais citados, porém, não paira uma possibilidade de que a pandemia venha a paralisar os negócios, como aconteceu em 2020 e parcialmente em 2021.
Existe um aprendizado, as empresas precisam saber lidar com as ondas da doença, informou a Exame.
Eleições e inflação: os grandes desafios de 2022
A situação macroeconômica brasileira e as eleições são vistos como os grandes obstáculos de 2022, informou a Época Negócios.
"O quadro econômico não favorece os negócios. Nos últimos dois trimestres, tivemos a economia desacelerando e isso deve se repetir agora. A inflação deve ser menor, mas ainda alta. Teremos menos gente podendo acessar o mercado de consumo em 2022. Esse é o maior desafio que teremos", diz o presidente do Grupo Boticário, Fernando Modé.
Neste ano, os preparativos para as eleições já se iniciam de forma polarizada, o que pode significar mais incertezas. O evento, que define o rumo da economia do país, costuma ter reviravoltas surpreendentes, prolongando debates acalorados.
Para o empresário, só resta observar pacientemente e esperar por um final mais conciliador possível.
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