O PIB per capita – que representa o PIB dividido pelo número de habitantes - alcançou R$ 55.247,45, um avanço de 3% ante 2023, já descontada a inflação

A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, a maior expansão desde 2021. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país) foi divulgado na manhã desta sexta-feira, dia 7, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 11,7 trilhões em 2024. Já o PIB per capita chegou a R$ 55.247,45, com avanço real de 3,0% frente ao ano anterior.
A taxa de investimento em 2024 foi de 17,0% do PIB, contra 16,4% em 2023. A taxa de poupança, por sua vez, ficou em 14,5% em 2024, ante 15,0% em 2023. Frente ao 3º trimestre de 2024, na série com ajuste sazonal, o PIB brasileiro variou 0,2%. Houve variações positivas na Indústria (0,3%) e nos Serviços (0,1%), enquanto a Agropecuária recuou 2,3%.
O PIB pode ser calculado pela ótica da produção (análise do desempenho das atividades econômicas) ou do consumo (gastos e investimentos). Pelo lado da produção, o IBGE destaca que três segmentos foram responsáveis por cerca da metade do crescimento do PIB em 2024:
- Outras atividades de serviços (5,3%)
- Indústria de transformação (3,8%)
- Comércio (3,8%)

Indústria
Na Indústria, o destaque positivo foi a Construção com alta de 4,3%, corroborada pelo crescimento da ocupação na atividade, da produção de insumos típicos e da expansão do crédito. Houve elevação das Indústrias de Transformação (3,8%), que foram puxadas, principalmente, pela alta na fabricação: da indústria automotiva e de equipamentos de transporte; máquinas e equipamentos elétricos; produtos alimentícios e móveis.
Cresceram também a Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (3,6%), influenciada pelo aumento das temperaturas médias do ano e as Indústrias Extrativas (0,5%).
Serviços
Houve crescimento em todas as atividades que compõem os Serviços:
Informação e comunicação (6,2%),
Outras atividades de serviços (5,3%),
Comércio (3,8%),
Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
(3,7%),
Atividades imobiliárias (3,3%),
Transporte, armazenagem e correio (1,9%) e
Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,8%).
Agropecuária
A queda de 3,2% do Valor Adicionado da Agropecuária em 2024 decorreu do fraco desempenho da Agricultura, que suplantou a contribuição positiva da Pecuária, Produção Florestal e Pesca. Segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE, efeitos climáticos adversos impactaram várias culturas importantes, ocasionando quedas em suas estimativas anuais de produção, com destaque para a soja (-4,6%) e o milho (-12,5%).
Despesas
Pela ótica da despesa, a Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 7,3%, devido aos aumentos da produção interna e da importação de bens de capital, além da expansão da Construção e do Desenvolvimento de Software.
A Despesa de Consumo das Famílias cresceu 4,8% em relação ao ano anterior puxada pela melhora no mercado de trabalho, pelo aumento do crédito e pelos programas governamentais de transferência de renda. A Despesa do Consumo do Governo, por sua vez, cresceu 1,9%.
Exportações
No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços cresceram 2,9%, enquanto as Importações de Bens e Serviços subiram 14,7%. Os destaques da pauta de importações foram: produtos químicos; máquinas e aparelhos elétricos; veículos automotores; máquinas e equipamentos e serviços.
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