Pequenos negócios: principal motivo que os levam à mortalidade VS solução para a sobrevivência
- Rodrigo Souza
- 27 de jun. de 2021
- 4 min de leitura
Atualizado: 29 de jun. de 2021
Por que as Micro Empresas Individuais representam a maior taxa de mortalidade entre os negócios do Brasil e qual é a saída mais eficaz para atravessar a crise

Uma pesquisa realizada pelo Sebrae revelou porque os pequenos negócios estão fechando as suas portas com mais velocidade do que outros modelos de empresas e revelou qual é a melhor estratégia para continuar vendendo durante a crise.
Se você tem uma MEI, continue lendo este artigo. Vamos revelar a estratégia para o seu negócio ser um sobrevivente e aumentar o seu faturamento cerca de 20%.
De acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base em dados da Receita Federal e com levantamento de campo, a taxa de mortalidade dos pequenos negócios é de 29%. Já as microempresas têm taxa, após cinco anos, de 21,6% e as de pequeno porte, de 17%.
Qual é o principal motivo que leva os pequenos negócios ao fechamento
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, disse à Agência Brasil que a capacidade de gestão é o principal desafio para os pequenos empreendedores.
Segundo ele, a falta de experiência e o conhecimento do ramo também são fatores determinantes.
"Quando avaliamos a realidade da maioria dos MEI, a pesquisa mostra que, nesse segmento, há maior proporção de pessoas que estavam desempregadas antes de abrir o próprio negócio e que, por isso, não tiveram condições de se capacitar adequadamente e aprimorar a gestão", disse Carlos.
A taxa de mortalidade destes negócios também é agravada pela maior facilidade de abrir e fechar esse tipo de empreendimento.
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Pequenos negócios e a crise generalizada da pandemia
A pesquisa ainda revelou como a pandemia está agravando o setor dos pequenos negócios. Mesmo sendo o setor que mais gera emprego e cria oportunidades, ainda assim, é o que mais está sujeito, por está na linha de frente, sem estrutura e preparo.
“Entre os pequenos negócios, os microempreendedores individuais foram os que mais amargaram prejuízos no faturamento. Não temos dúvida de que a pandemia de covid-19 intensificou as dificuldades e impôs outros desafios. Quando observamos o aspecto da gestão financeira, por exemplo, a situação ficou ainda mais complexa. As finanças são um desafio para a maioria dos MEI e no cenário de incertezas da pandemia, isso se tornou um grande problema”, afirmou.
A falta de uma boa gestão leva os pequenos negócios a enfrentarem dificuldades gravíssimas. Não só as finanças são prejudicadas, mas o controle e planejamento estratégico ficam à deriva.
De acordo com o presidente da entidade, quanto menor o porte da empresa, mais difícil obter crédito.
Para manter o capital de giro e conseguir superar obstáculos como os causados pela pandemia de covid-19, a busca pelo crédito empresarial teve um considerável aumento durante a pandemia. O governo federal e os estaduais tiverem que lançar programas de abertura de crédito para impedir que este setor feche as portas em uma escala muito maior.
Ainda segundo a pesquisa, mais de 40% dos entrevistados citaram como causa do encerramento da empresa a pandemia. Para 22%, a falta de capital de giro foi primordial para o fechamento do negócio.
A pesquisa também detectou que 20% dos antigos empresários reclamaram do baixo volume de vendas e da falta de clientes.
Entre as empresas que encerraram as atividades, cerca de 34% dos entrevistados acreditam que ter acesso a crédito poderia ter evitado o fechamento. Apenas 7% desse grupo de empresas solicitaram crédito bancário e obtiveram êxito.
Quais foram os seguimentos de negócios que mais sofreram impacto negativo
Ao analisar a sobrevivência por setor, o levantamento mostrou que a maior taxa de mortalidade é verificada no comércio, onde 30,2% fecham as portas em cinco anos. Na sequência, aparecem indústria de transformação (com 27,3%) e serviços, com 26,6%.
As menores taxas de mortalidade estão na indústria extrativa (14,3%) e na agropecuária (18%).
Minas Gerais é o estado com a maior taxa de mortalidade, 30%. O Distrito Federal, Rondônia, o Rio Grande do Sul e Santa Catarina apresentaram índice de 29%. O Amazonas e Piauí foram os que apresentaram as menores taxas de mortalidade (22%), seguidos pelo Amapá, Maranhão e Rio de Janeiro (23%).
Como sobreviver à crise utilizando a internet como ferramenta escapatória
A adesão ao comércio eletrônico é parte da estratégia de sobrevivência em meio à pandemia. A pesquisa de Impacto da Pandemia nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que 70% dos pequenos negócios já comercializam produtos pela internet.
“O empreendedor deve sempre buscar a inovação e a capacitação. Preparar a entrada no mundo dos negócios é o primeiro passo para ter sucesso com uma empresa”, destacou Melles.
As vendas pela internet vão crescer cerca de 26% neste ano, segundo pesquisa realizada pela Ebit. Em 2020 o setor teve uma alta impressionante de 70%, segundo aponta um relatório levantado pela Mastercard.
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