Segundo levantamento da Aneel, o Estado utiliza todo o seu potencial e produção, chegado a cerca de 16.000 kW. A energia solar no Pará, fica atrás apenas da produção de energia elétrica de forma hídrica
O Pará já é o Estado que mais produz energia elétrica de forma hídrica em todo o Brasil e se tornou o Estado da Região Norte que mais produz energia solar. Segundo levantamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Pará utiliza todo o seu potencial de produção, alcançando a marca de cerca de 16.000 kW.
Esse feito é um reflexo do aumento constante no valor das contas de energia, além da facilitação de financiamentos para instalação de painéis. O volume de financiamento para energia solar no Brasil atingiu R$ 35,1 bilhões em 2022, crescimento de 79% sobre os R$ 19,6 bilhões verificados no ano anterior. O dado da consultoria CELA (Clean Energy Latin America) mostra a importância do financiamento para obtenção do sistema solar. Dessa forma, a população passou a ver com mais frequência a instalação de placas solares em lojas e casas por toda a capital paraense e nas demais cidades do Estado.
"Com o volume de informações chegando para as pessoas a demanda vai aumentando. Tem sim havido uma procura maior para entender como funciona a Energia Solar. As vantagens são muitas, mas posso destacar: a economia de até 90% do valor que você paga hoje. Você deixa de ser um consumidor para se tornar um produtor de Energia limpa, gerada pelo sol", destaca Lahire Cavallero, sócio da primeira empresa de energia solar do Pará, a Sansol.
Com uma trajetória de quase 10 anos, a Sansol se consolidou no mercado paraense através da instalação de painéis solares e hoje atua com mais de 700 projetos no Estado, explica o sócio. "A Sansol foi a primeira empresa de Energia Solar do Pará, fundada em 2015. Hoje nós somos responsáveis por mais de 700 projetos no Pará e estamos em pleno crescimento. Nos últimos 6 meses crescemos 600%".
Lahire Cavalléro, sócio da Sansol, que recebeu o prêmio Roma de Inovação em 2023, afirma que apesar dos números, ainda existe muito potencial para ser explorado no Pará. "O Pará tem um potencial gigantesco ainda não explorado. Precisamos educar o paraense sobre os benefícios. Estados como São Paulo, Minas Gerais, Bahia já vivem essa realidade e temos potencial para gerar muito mais".
Tipos de instalação e tributação
Atualmente, existem dois tipos de sistemas que são utilizados na instalação: o On Grid e o Off Grid, tendo o armazenamento como principal diferença. O mais utilizado é o On Grid, por estar conectado diretamente a rede pública de distribuição elétrica. Sendo assim, quando a energia solar não é suficiente, o consumidor pode usar a energia convencional para complementar. Em casos de excedente de energia, o consumidor pode armazenar no sistema da concessionária, transformando em crédito para ser abatido posteriormente na conta de luz.
Para quem usa o sistema On Grid, o Governo Federal autorizou a cobrança da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição (TUSD), já que o consumidor utiliza a infraestrutura da concessionária de energia convencional, tanto pata armazenar quanto para complementar.
Já o sistema Off Grid funciona de forma autossuficiente, ou seja, não está conectado a outras fontes. A energia gerada pelas placas solares é armazenada em baterias, que abastecem permanentemente os imóveis. A instalação do sistema Off Grid é cerca de quatro vezes mais custosa que a On Grid, principalmente devido ao custo das baterias e pela adequação do sistema para estar sempre preparado. Porém, quem opta por este sistema está livre o imposto TUSD.
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