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NR-1: empresas em Belém terão que adotar nova norma de saúde mental no trabalho a partir de maio

Atualização da NR-1 exige medidas reais de bem-estar psicológico e pode impactar diretamente na produtividade e nos custos operacionais.


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Foto: reprodução

A partir de maio de 2025, todas as empresas privadas, públicas e órgãos governamentais com empregados sob regime da CLT deverão se adequar à nova versão da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), do Ministério do Trabalho.


A grande inovação da norma é a inclusão da saúde mental como fator obrigatório na gestão de segurança no trabalho — um marco inédito nas relações laborais no Brasil.


Em Belém, líderes empresariais e especialistas em recursos humanos reforçam que a mudança representa não apenas uma exigência legal, mas uma estratégia essencial para a sustentabilidade das organizações. Para Lídia Machado, psicóloga e membro da Comunidade Belém.


“Essas alterações visam não apenas atender às exigências legais, mas também promover o bem-estar dos trabalhadores de forma mais eficaz. Com essa atualização, as empresas têm agora a oportunidade de liderar com responsabilidade e inovação.” Afirmou Lídia Machado.

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Lídia Machado, psicóloga e membro da Comunidade Belém Negócios


A saúde mental entra no centro das relações de trabalho


Para Junior Lopes, presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos – Seccional Pará (ABRH-PA), o avanço é decisivo:

“A NR-1 atualizada amplia a proteção contra riscos ocupacionais psicossociais, que antes eram negligenciados. Um ambiente emocionalmente seguro reduz o estresse, melhora a saúde dos colaboradores e aumenta a produtividade”, afirma.

Além dos benefícios à saúde, Lopes destaca que empresas que se adequam corretamente à norma tendem a reduzir custos com afastamentos, processos trabalhistas e rotatividade de profissionais.


O que as empresas em Belém devem fazer


Para implementar a nova NR-1, a ABRH-PA recomenda uma abordagem integrada, que leve em conta a realidade de cada negócio. Algumas medidas fundamentais incluem:


  • Capacitação constante de gestores e colaboradores sobre riscos psicossociais

  • Treinamentos práticos com foco na identificação e mitigação de estresse, assédio e sobrecarga

  • Comunicação institucional clara sobre as mudanças

  • Investimentos em tecnologia e ergonomia

  • Monitoramento contínuo do clima organizacional


Segundo Nelma de Almeida Lemos, presidente do Sescon-PA, a gestão dos riscos emocionais é um dos principais desafios, mas também uma grande oportunidade de fortalecer a cultura organizacional.


“Com comprometimento, tecnologia e liderança engajada, as equipes vão aderir à mudança e os resultados aparecerão”, diz.

Os principais desafios da nova NR-1

Mesmo com os avanços, a norma exige mudanças culturais profundas, o que pode gerar resistência, especialmente em empresas que ainda não reconhecem a saúde mental como parte da segurança do trabalho. Entre os principais obstáculos apontados por especialistas estão:


  • Falta de equipes especializadas em saúde mental e ergonomia

  • Dificuldade de identificar riscos psicossociais, que são subjetivos

  • Risco de transformar a norma em um processo meramente burocrático

  • Resistência à mudança por parte das lideranças

Para enfrentar essas barreiras, a conscientização dos gestores será decisiva para que as medidas tragam mudanças reais e sustentáveis no ambiente de trabalho.


O que diz a nova norma


A NR-1 estabelece diretrizes gerais para a Gestão de Riscos Ocupacionais (GRO). A norma determina que:


  • As empresas informem seus colaboradores sobre riscos no ambiente de trabalho

  • Implementem medidas de prevenção claras e efetivas

  • Disponibilizem os resultados das avaliações ambientais

  • Os trabalhadores devem cumprir as normas e colaborar com as ações de segurança


A adequação é obrigatória para todas as empresas com funcionários sob CLT, inclusive em Belém e no Pará, e o prazo limite é maio de 2025.

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