Meta abandona checagem profissional de fake news e adota sistema colaborativo
O fim do programa de checagem de fake news em suas plataformas nos Estados Unidos mostra um novo movimento politico da plataforma. O sistema que utilizava agências especializadas para verificar informações será substituído por um modelo de Notas da Comunidade, no qual os próprios usuários poderão contextualizar publicações, adicionando links e imagens explicativas.
As principais mudanças são:
Fim dos verificadores profissionais: As agências especializadas não atuarão mais na checagem de informações nas plataformas da Meta, que controla o Facebook, WhatsApp e Instagram.
Sistema de Notas da Comunidade: Usuários poderão adicionar contexto às publicações, com explicações e referências.
Avaliação comunitária: As notas inseridas serão submetidas à votação de outros usuários, que decidirão se são confiáveis ou não.
Redução da moderação centralizada: A Meta deixará de atuar como principal árbitro da verdade, delegando parte dessa responsabilidade aos usuários.
Implementação gradual: Inicialmente nos EUA, com possibilidade de expansão para outros países.
Segundo Mark Zuckerberg, CEO da Meta, a decisão foi motivada por críticas à parcialidade política percebida no trabalho das agências de checagem. Ele afirmou que, apesar dos esforços para criar sistemas complexos de moderação, ainda há erros significativos que afetam milhões de pessoas.
“Criamos vários sistemas complexos de moderação, mas, mesmo se eles censurarem acidentalmente apenas 1% das publicações, isso significa milhões de pessoas afetadas. Chegamos a um ponto onde há muitos erros e muita censura”, explicou Zuckerberg.
O anúncio ocorre em um momento de reaproximação de Zuckerberg com o presidente eleito Donald Trump. Recentemente, o executivo fez uma doação de US$ 1 milhão para o fundo de posse do republicano, que assumirá a presidência em 20 de janeiro.
Impacto nos negócios online
A mudança pode gerar impactos relevantes nos negócios digitais. Com o fim da checagem profissional, aumenta o risco de desinformação circulando livremente nas plataformas, o que pode prejudicar a confiança dos consumidores em anúncios e publicações. Empresas que dependem de informações claras e seguras para promover seus produtos e serviços podem precisar redobrar esforços para manter a credibilidade e se destacar em um ambiente de menor regulação.
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