Altamira produz sozinha 7 mil toneladas de cacau por ano e integra região mais valiosa para o mercado de chocolate
Em sua 3ª edição, o Festival Internacional do Cacau (Chocolat Xingu) se consolida como um dos eventos econômicos mais promissores do Pará. Considerado o maior festival de chocolate do Brasil e da América Latina, em 2024 150 expositores e 200 marcas de chocolate reforçam a grandeza do evento que acontece de 13 a 16 de junho, em Altamira. A estimativa é que sejam fechados em torno de 7 milhões de reais em negócios.
O festival, que atrai milhares de visitantes de todo o Brasil e do exterior, impulsiona diversos setores da economia local e desta a região Transamazônica e Xingu, como polo da produção de chocolate e cacau.
Organizado pela prefeitura de Altamira, o Chocolat Xingu é organizado pelo publicitário Marco Lessa, (Publicitário brasileiro esteve à frente recentemente do Brasil Origem Week, em Portugal) membro da plataforma Belém Negócios celebra a cultura do cacau e do chocolate, promovendo desde palestras técnicas sobre o cultivo sustentável até exposições, degustações e a comercialização de produtos à base de cacau, o que tem refletido o interesse crescente pela qualidade e pelas inovações na produção de chocolate amazônico, lançados dentro do festival.
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Empresários locais relatam um aumento significativo nas vendas e na visibilidade de suas marcas. “Pra gente tem sido muito bom, tem trazido muito bons resultados, tanto da divulgação do nosso produto, quanto a questão de estar aqui, de poder oferecer tanto para quem é daqui, quanto para os turistas que vêm de fora. Eu acho que isso é uma oportunidade de grande valor grande valor para nossa região pra gente poder estar divulgando que a gente tem de melhor aqui e é muito bom assim a gente tá nos holofotes”, afirma Juliana Stelmachuk, representante de uma rede de sorvetes de Altamira.
Produtores de chocolate e cacau de Altamira, Brasil Novo, Vitória do Xingu, Medicilândia, Anapu e Uruará, veem o festival como uma oportunidade única para garantir visibilidade a marcas de chocolate. É o caso da produtora Verônica Preuss, do município de Brasil Novo, dona da marca Kakao Blumenn. “A Kakao Blumenn cresceu em função do Festival de Chocolate, porque foi no primeiro ano que a gente começou a ter visibilidade, que a gente começou a participar, a gente conseguiu expor e cada vez o crescimento da empresa cresce a cada dia que passa. Ano passado a gente vendeu muito chocolate, eu tenho uma expectativa boa para lá de 80 quilos de chocolate este ano”, relata.
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O evento também coloca Altamira no mapa internacional dos destinos de chocolate. Chefs renomados e críticos gastronômicos participam do festival, destacando o cacau produzido em nossa região como um produto de excelência. “No Chocolat Xingu terei a oportunidade de conhecer os produtores de chocolate da região de Altamira, que produzem essa amêndoa da Amazônia que é muito valorizada na Europa, por conta da sustentabilidade da produção e da alta qualidade”, comenta o chef português Pedro Araújo, que participa do evento pela primeira vez.
Realizado pelo terceiro ano consecutivo em Altamira, o Chocolat Xingu, abre portas para os produtores da cidade que, segundo dados da Secretaria Municipal de Agricultura (Semagri), produzem, anualmente, 7 mil toneladas de amêndoas de cacau, sendo a maioria vinda do Assurini, zona rural de Altamira, no sudoeste do estado.
O Festival Internacional do Chocolate e Cacau neste ano, além das exposições de chocolate, conta com uma programação diversa de atividades, como o ‘Show Cooking’, o ‘Túnel Sensorial’, a ‘História do Chocolate’, a ‘Cozinha Kids’, o ‘Chocoland’ e ‘Atelier’, atrações que encantam os visitantes.
O sucesso do Festival Internacional do Chocolate e Cacau em Altamira não apenas celebra a cultura e os produtos locais, mas também projeta um futuro promissor para a economia da região. Com o aumento da visibilidade e a valorização do cacau amazônico, Altamira está se consolidando como um importante local de inovação e de qualidade no mercado de chocolate. Trazendo benefícios não apenas para os produtores direto do chocolate, mas toda uma rede de serviços da cidade.
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