Pesquisadores da UFPA transformam resíduos do açaí e do tucumã em gasolina verde, querosene de aviação e bioasfalto.

O Pará se prepara para ser protagonista na COP-30, evento mundial sobre o clima que acontecerá em Belém, em novembro de 2025. Um dos destaques será o avanço na produção de combustíveis e asfalto sustentáveis a partir de resíduos amazônicos, como caroços de açaí e tucumã.
A pesquisa, liderada pela Universidade Federal do Pará (UFPA), conta com a colaboração de outras instituições brasileiras e está na fase final para se tornar um protótipo comercializável.
Tecnologia limpa com potencial global
O projeto, chamado Sustenbioenergy/CNPq, transforma biomassa residual em gasolina verde, querosene de aviação e bioasfalto. Diferente dos combustíveis fósseis, esses produtos têm um impacto ambiental reduzido e representam um passo estratégico para fortalecer a bioeconomia e a sustentabilidade na região.
"O que produzimos é uma petroquímica verde, pois utilizamos apenas resíduos, sem desmatar", destaca Nélio Teixeira Machado, pesquisador e professor da UFPA.
Atração de investimentos para ampliação
A iniciativa busca atrair investidores para a implantação de um protótipo em comunidades isoladas e na Região Metropolitana de Belém, por meio de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Estudos apontam que o projeto tem viabilidade econômica e potencial competitivo no mercado global de energia limpa.

COP-30 como vitrine internacional
Com a COP-30 como palco global, o Pará se posiciona como líder na inovação sustentável, utilizando a riqueza amazônica para transformar o futuro da energia.
A expectativa é que a apresentação da tecnologia na conferência impulsione parcerias e amplie o uso de biocombustíveis e materiais ecológicos no setor industrial.
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