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Essa empresa paraense criou um papel que se torna muda de planta após ser descartado no meio ambiente

Com o foco no meio ambiente, a empresa produz papéis biodegradáveis para convites de eventos, crachás, menus de casamento e folhetos informativos; veja mais

Empresa paraense papel biodegradável
Alessandra Moreira, fundadora da Ecoplante. Foto: Divulgação/YouTube

Imagine um "papel plantável" de onde pode surgir um manjericão? É verdade! Existe e está em Altamira, no sudoeste do Pará. A Ecoplante é uma pequena empresa que está transformando a maneira de pensar a respeito do papel e sustentabilidade.


Fundada há 2 anos por Alessandra Moreira e o irmão, o empreendimento surgiu não apenas como algo inovador, mas também como um projeto de superação pessoal. Diagnosticada com depressão, ela decidiu mudar de carreira e abraçar um novo propósito.


"E foi um momento que caiu como luva, porque eu estava em um momento com depressão. Isso, infelizmente, tirou o meu foco do trabalho e eu não estava mais conseguindo trabalhar. Então, quando a Ecoplante apareceu na minha vida eu estava desempregada, desanimada, e veio pra me sacudir e dizer: é, tu não vai ter tempo para depressão'", relata Alessandra Moreira.


Através do convite do irmão, Alessandra e Júnior começaram a desenvolver o papel que ao invés de ser descartado pode ser plantado e dar origem a hortaliças.


"Nós não tínhamos ideia de como iríamos fazer, a gente só sabia como fazia o papel. Foi YouTube até descobrirmos que tinha uma empresa em São Gonçalo (RJ) que também já trabalhou com esse papel e nos espelhamos nessa empresa. Foi literalmente do zero.", conta a empreendedora.



A Ecoplante nasceu no ano de 2022 e é a única da região do Xingu que oferece esse serviço. A empresa atende não só os municípios da região, como também outros estados. Uma ideia que nasceu em Altamira e está influenciando novas empresas a aderir práticas mais sustentáveis.


Segundo dados da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, o Brasil produz em média mais de 8 milhões de toneladas anuais somente de papel ou papelão. A empresa, já conquistou mais de 80 clientes e forneceu papéis biodegradáveis para convites de eventos, crachás, menus de casamento e folhetos informativos. Cada pedaço de papel produzido é uma promessa de vida nova, carregando sementes de diversas hortaliças. A ideia também teve o apoio do SEBRAE.


"E a gente verificava qual era o problema que essa empresa queria solucionar e como faria para solucionar. E através dessas mentorias fomos amadurecendo o negócio, ela identificou que tinha muitos resíduos de papel e ela resolveu fazer a reciclagem desses papéis e ainda colocar uma inovação.", explica Márcia Carneiro, analista técnica do

SEBRAE.


Mas quem disse que a Alessandra parou por aí, a convite de eventos na região ela já deu palestras, fez oficinas com crianças mostrando como faz o papel e como plantar a semente. O processo de plantio é simples e prático. As instruções, detalhadas no verso de cada folha, explicam que basta picotar o papel, colocá-lo em um pote com terra e adubo, e regá-lo generosamente. Até a tinta utilizada na impressão é biodegradável, garantindo que todo o material seja amigo do meio ambiente.


"Eu costumo dizer que a empresa que está atuando no mercado, independente do ramo, se não aderir à sustentabilidade dentro do seu plano de negócios, ela vai ficar para trás. Tudo o que você vai fazer tem que considerar as situações climáticas e o meio ambiente.", afirma Alessandra.


O empreendimento está se tornando um exemplo de como criatividade e responsabilidade ambiental podem caminhar juntas, transformando desafios pessoais em oportunidades de inovação.


Fonte: Confirma Notícia/ Vale do Xingu / Athaynara Farias



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