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Equatorial vende unidade por R$ 9,4 bilhões e planeja novas aquisições; confira

Transação bilionária reduz alavancagem e prepara companhia para nova fase de crescimento estratégico.

Foto: reprodução
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A Equatorial Energia anunciou na última sexta-feira (4) a venda de sua unidade de transmissão para a Verene Energia, controlada pelo fundo canadense CDPQ. A operação, avaliada em R$ 9,4 bilhões, marca um dos maiores desinvestimentos do setor neste ano e representa um movimento estratégico da companhia em meio a um cenário macroeconômico desafiador no Brasil.


Desse montante, R$ 5,2 bilhões correspondem ao valor patrimonial, e R$ 4,2 bilhões referem-se à dívida líquida. Com o negócio, a empresa consolida sua estratégia de desalavancagem e ganha fôlego para novas oportunidades de fusões e aquisições (M&A).


Geração de valor


Para analistas do mercado financeiro, o movimento confirma a disciplina estratégica da Equatorial. O Itaú BBA manteve recomendação de compra (outperform) para os papéis da companhia, destacando seu histórico consistente de alocação de capital e projeção de retorno real atrativo.


Segundo o banco, a Equatorial segue comprometida com “janelas oportunas de investimento com retornos incrementais”, sem comprometer a solidez do balanço.


A XP Investimentos destacou que a venda resultou em uma taxa interna de retorno (TIR) real de 36% sobre os investimentos no segmento de transmissão. Ao considerar os fluxos de caixa envolvidos, a transação entrega uma TIR ajustada de aproximadamente 8,7%, comparável aos 12,7% atuais da ação.


Desalavancagem e novos horizontes


Com a operação, a alavancagem financeira da companhia deve cair para cerca de 2,9 vezes a dívida líquida sobre Ebitda, contra 3,3x registrados em dezembro de 2024. A XP avalia que o negócio será bem recebido pelo mercado, pois evidencia a capacidade da Equatorial de reciclar capital com foco em eficiência e rentabilidade.


O Morgan Stanley também reforçou sua visão positiva, mantendo recomendação overweight para EQTL3, com preço-alvo de R$ 40. O banco destaca a força da Equatorial como uma das empresas de maior crescimento no setor e a importância do desinvestimento para a consolidação de sua estratégia de longo prazo.


Espaço para aquisições no radar


Além do fortalecimento do caixa, o movimento amplia o espaço para novos investimentos em M&A, com o mercado já atento a oportunidades como o leilão de saneamento no Pará e possíveis aquisições como a Coelce.


O Bradesco BBI calcula que o valor obtido na venda superou em cerca de R$ 400 milhões a estimativa de valor justo da unidade, o que representa um acréscimo de R$ 0,31 por ação ao preço alvo da companhia. O banco também prevê redução relevante na alavancagem ao longo de 2025, criando uma base mais sólida para futuros movimentos estratégicos.


Com foco renovado em distribuição de energia e saneamento, a Equatorial abre um novo ciclo de crescimento e se posiciona para consolidar sua presença nos setores com maior potencial de valor nos próximos anos.

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