O sistema que foi comprado pelo fundo canadense inclui duas linhas de transmissão e duas subestações em Marituba, todas já em operação comercial
A Equatorial (EQTL3) vendeu mais uma unidade de transmissão ao fundo canadense de pensão CDPQ, conforme comunicado pela companhia no início do mês. O ativo vendido foi avaliado em R$ 1,19 bilhão, sendo que R$ 840,4 milhões correspondem ao valor do patrimônio líquido (equity value) e R$ 350 milhões à dívida líquida.
O ativo é uma das oito Sociedades de Propósito Específico (SPEs) de transmissão da Equatorial – a número 7, que fica localizada no estado Pará.
Ainda no fim de 2023 a EQTL3 vendeu a Intesa para a Verene, e agora se desfez de mais de um ativo.
Serão R$ 710 milhões pagos na data de fechamento da operação, e o restante em parcelas ajustadas pelo CDI, além de um earn-out vinculado ao cumprimento de determinadas condições.
O sistema que foi comprado pelo fundo canadense inclui duas linhas de transmissão (uma da Vila do Conde até Marituba, com 56,1 quilômetros, e outra de Marituba até Castanhal, com 68,6 quilômetros) e duas subestações em Marituba, todas já em operação comercial.
Para o ciclo 2023-2024, iniciado em julho de 2023, a receita anual permitida (RAP) desse sistema é de R$ 125,16 milhões.
O CDPQ está adquirindo o ativo por meio da sua Infraestrutura Energia, que controla a Verene Energia, uma empresa focada em transmissão de energia que tem investido em fusões e aquisições (M&As) para expandir no Brasil.
A Equatorial Energia entrou no segmento de transmissão em meados de 2016, quando venceu sete lotes em um leilão da Aneel nos estados do Pará, Piauí, Bahia e Minas Gerais.
Após isso, em 2017, a companhia ganhou mais um lote no Pará.
Os dados mais recentes mostram que as SPEs de transmissão da Equatorial somam 2,5 mil quilômetros de linhas de transmissão.
Equatorial faz caixa em momento de interesse pela Sabesp
A negociação ocorre num momento estratégico para a Equatorial, que busca fortalecer sua estrutura de capital em preparação para a possível compra de uma fatia societária da Sabesp (SBSP3), que será vendida em um leilão de privatização.
Até então a companhia foi a única que demonstrou interesse na Sabesp. Os rumores são de que outros possíveis acionistas se desagradaram com a poison pill e outros pontos da oferta.
A Equatorial fez uma proposta para adquirir 15% da companhia paulista de saneamento pela cifra de R$ 67 por ação – o que totalizaria R$ 6,9 bilhões.
Fonte: Eduardo Vargas/Suno
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