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Foto do escritorRodrigo Souza

Eles criaram um app que conecta pequenos negócios a possíveis clientes

Compre do pequeno — Esse é o slogan da plataforma que está digitalizando pequenos negócios da cidade de Belém e Ananindeua.

Os fundadores da AUA (da esq. à dir.): Lucas Cardoso, Mariana Vieira e Matheus Araújo.

Três jovens empreendedores paraenses criaram uma plataforma de marketplace local: o AUA, um aplicativo que conecta moradores e pequenos produtores em dois municípios paraenses, Belém e Ananindeua.


A ideia surgiu ainda antes da pandemia. Em 2019, Lucas Cardoso e Mariana Vieira foram ao Vale do Silício participar da Enactus World Cup, organizada pela Enactus, instituição sem fins lucrativos que fomenta o empreendedorismo entre jovens.


Estudante de engenharia de computação pela Universidade Federal do Pará, Lucas vinha de uma experiência recente liderando o projeto de uma plataforma chamada Minerva, que conectava clientes e mulheres prestadoras de serviços residenciais.


Durante o evento da Enactus, ele foi selecionado para participar de uma competição chamada Intuitive Innovation Challenge. Foi daí que veio o estalo do AUA. Lucas, de 23 anos, relembra:


“O desafio era criar uma solução para pequenos negócios que passavam por desastres naturais. Eu vim de lá [do Vale do Silício] com essa vontade, de trazer tecnologia e inovação para pequenos empreendedores da região Norte”


Na volta ao Brasil, ele, Mariana (formada em Jornalismo pela UFPA) e um terceiro sócio, Matheus Araújo — colega de Lucas no curso de computação — se dedicaram a entender como tirar a AUA do papel.


A FERRAMENTA FICOU EM 3º LUGAR ENTRE QUASE 600 PROJETOS


Inicialmente, o trio de jovens empreendedores pretendia criar uma agência de empréstimo para pequenos empreendedores. Porém, a pesquisa e os ciclos de validações pelos quais o projeto passou mostraram que esse modelo seria inviável.


Em paralelo, eles se deram conta de como muitos vendedores ambulantes careciam de divulgação online — uma situação que ficou ainda mais urgente com a Covid-19.


“Quem fechou primeiro a porta durante a pandemia foi o pequeno negócio”, diz Mariana, 22. “Então, pensamos: a hora é agora, vamos fazer isso funcionar da forma que a gente puder.”


O aplicativo estreou em junho de 2020. O nome não é à toa: AUA, segundo os sócios, significa “gente” em tupi-guarani. Atualmente, são 60 empreendedores cadastrados — há até escola de inglês, além de boleiras e pequenos negócios de artesanato e vestuário — e uma média de 200 visitas por mês.


A plataforma foi reconhecida pela Escola Nacional de Administração Pública no “Desafios para combater a pandemia do Covid-19”, que destacou o esforço da equipe em humanizar os vendedores. O terceiro lugar (entre mais de 590 projetos) valeu um prêmio de 50 mil reais, que hoje paga as contas da AUA. Lucas conta:


“Recebemos um incentivo da Enap para construir essa ideia e fazer acontecer. A gente se banca com esse investimento e estamos trabalhando para conseguir colocar em prática planos de assinatura”


Os planos devem ser lançados até o fim do ano, com valores a partir de R$ 29,90 e benefícios para cada faixa de preço — como quantidade de cupons de desconto que cada empreendedor pode oferecer aos clientes, conteúdos exclusivos, apoio de consultoria etc.



Com informações do site Projeto Draft.

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