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Economia americana e subnacionais ainda têm compromisso com o Acordo do Paris, afirma presidente da COP 30

Foto do escritor: Otto MarinhoOtto Marinho

O embaixador considera importância da atuação do setor privado na continuidade dos esforços para a descarbonização, mesmo com a ausência do governo estadunidense representado pelo Donald Trump


COP 30
Presidente da COP 30 durante coletiva  — Foto: Estadão

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP 30 — 30ª conferência do clima das Nações Unidas — reiterou em pronunciamento que a saída do governo dos Estados Unidos do Acordo de Paris enfraquece o multilateralismo e a cooperação internacional. Por outro lado, o diplomata avaliou durante a Confederação Nacional da Indústria (CNI) – entidade reúne representantes do setor empresarial brasileiro, que o setor privado deve desempenhar um papel fundamental na continuidade dos esforços para a descarbonização do país.


Em coletiva de imprensa após lançamento da carta inaugural e da sua presença no CNI, na última segunda, dia 10, o presidente da COP 30 destacou que “não há a menor dúvida que a saída dos EUA enfraquece o multilateralismo”, em referência direta ao governo representado por Donald Trump e sua retirada por meio de decreto do Acordo de Paris. Os Estados Unidos são a maior economia do mundo e a segunda nação no ranking de países que mais emitem gases do efeito estufa.


“Mas uma coisa é o governo dos EUA, que já manifestou que está saindo, outra coisa é a economia americana e os entes subnacionais, que ainda têm expressado compromisso com o Acordo de Paris. Inclusive, muitas das empresas por serem multinacionais e estarem atuando em países que estão comprometidos com as metas de descarbonização”, explicou o presidente da COP 30.

Não é a primeira vez que a administração federal dos EUA se retira do Acordo de Paris. Em seu primeiro mandato, em 2017, o presidente Donald Trump também anunciou que o país deixaria o tratado. Porém, mesmo com a decisão, se observou o movimento de continuidade dos entes subnacionais e dos empresários interessados em aspectos do acordo.


Espera-se que o  Brasil à frente da conferência, que acontece entre os dias 10 e 21 de novembro em Belém, no Pará, inaugure uma fase das COPs, que consiga facilitar e viabilizar as negociações técnicas. Entre os pontos destacados na carta está a necessidade de acelerar a implementação do Acordo de Paris.


Acordo de Paris


O Acordo de Paris é um tratado internacional que tem como objetivo fortalecer a resposta global à ameaça das mudanças climáticas. Ele foi adotado em 2015, durante a 21ª Conferência das Partes, em Paris, e assinado por 195 países. O acordo propõe metas para a redução da emissão de gases de efeito estufa e representa um compromisso mundial cuja meta é não permitir que o aumento da temperatura média do planeta ultrapasse 2°C.


O Brasil concluiu sua ratificação ao Acordo de Paris em 12 de setembro de 2016.

Em documento encaminhado à ONU, as metas brasileiras são:


  • Reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 37% abaixo dos níveis de 2005, em 2025.

  • Em sucessão, reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 43% abaixo dos níveis de 2005, em 2030.


Os países desenvolvidos também se comprometeram a conceder benefícios financeiros aos países mais pobres, de modo que possam enfrentar as mudanças climáticas.


Porém, para que comece a vigorar precisa da ratificação de pelo menos 55 países responsáveis por 55% das emissões de gases de efeito estufa.









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