Moeda americana atinge máxima histórica de R$ 6,27, impulsionado pelo Federal Reserve e incertezas fiscais
O dólar registrou alta de 2,78% nesta quarta-feira (18), encerrando o dia cotado a R$ 6,2679, marcando o maior valor nominal de fechamento da história. O movimento reflete a decisão do Federal Reserve (Fed) de reduzir a taxa de juros nos EUA em 0,25 ponto percentual, para 4,25%-4,50%, acompanhada de sinais de maior cautela para cortes futuros (posição "hawkish"), fortalecendo o dólar globalmente.
No Brasil, as incertezas fiscais também pressionaram o real, apesar da aprovação do Projeto de Lei Complementar 210, que limita o crescimento de despesas públicas. O mercado continua cético quanto à eficácia das medidas, enquanto o Banco Central intensificou leilões cambiais para conter a alta, sem sucesso significativo.
Na reta final do pregão, o dólar teve mais um fator para ganhos após a decisão do Fed, que reduziu a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira e sinalizou que diminuirá o ritmo de corte adicional dos custos dos empréstimos dada uma taxa de desemprego relativamente estável e a pouca melhora recente na inflação.
“Em linhas gerais, a decisão de hoje, embora em termos quantitativos tenha sido marcada por uma redução dos juros, apresentou diversos elementos hawkish por parte do FED em termos de atuação futura”, avalia Carla Argenta, economista-chefe da CM Capital.
Cotações do dólar:
Dólar comercial: Compra: R$ 6,267 | Venda: R$ 6,268
Dólar turismo: Compra: R$ 6,151 | Venda: R$ 6,331
Matéria produzida por Rodrigo Lopes com informações da Infomoney
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