Com investimentos estratégicos em dragagem e infraestrutura, o modal hidroviário se posiciona como a chave para conectar Belém ao mundo, deixando um legado de desenvolvimento pós COP 30
O transporte hidroviário surge como um elemento estratégico no contexto da realização da COP 30 em Belém, reforçando a posição da Amazônia como elo fundamental entre o Brasil e o mundo. Além de sua importância histórica e ambiental, esse modal tem sido destacado por sua baixa emissão de carbono e relevância econômica. Entre 2014 e 2022, por exemplo, o setor hidroviário injetou cerca de 7 bilhões de dólares na economia do Pará, representando 3% do superávit da balança comercial brasileira.
Infraestrutura e desafios logísticos
O Porto de Vila do Conde, em Barcarena, é um exemplo da importância da infraestrutura portuária na região, sendo o terceiro maior porto em operação no Brasil. Porém, a falta de investimentos em dragagem, sinalização e eclusas ainda limita o potencial do modal hidroviário. A preparação para a COP 30 envolve um projeto de dragagem no Porto Organizado de Belém, que, além de viabilizar a chegada de transatlânticos, busca consolidar a cidade como destino turístico de grande porte.
Principais números do modal hidroviário no Pará
Extensão de hidrovias: Mais de 2.000 km navegáveis nas principais rotas do Pará (rios Tocantins e Pará).
Impacto econômico: O modal injetou cerca de 7 bilhões de dólares na economia do Pará nos últimos 10 anos.
Comércio exterior: Contribui com 3% de superávit na balança comercial brasileira, passando de 14 bilhões de dólares em 2014 para 21 bilhões em 2022.
Participação na matriz de transporte: Apenas 5% das cargas no Brasil utilizam o modal hidroviário, enquanto o rodoviário domina com 52%.
Movimentação de cargas: Aproximadamente 4 milhões de toneladas trafegam pelas hidrovias da Amazônia.
Destaque portuário: O Porto de Vila do Conde é o 3º maior do Brasil em economia e operação, atrás apenas de Santos (SP) e Paranaguá (PR).
Dragagem prevista para a COP 30: 6,5 milhões de metros cúbicos no Porto de Belém para receber transatlânticos e atender cerca de 70 mil participantes da conferência.
Navios de hospedagem: Espera-se que dois transatlânticos ofereçam 4.500 leitos durante o evento.
Legado e desenvolvimento sustentável
A parceria entre organizações como a Barra do Pará, UFPA e Companhia Docas do Pará visa garantir que os benefícios do projeto perdurem além do evento, integrando desenvolvimento econômico e preservação ambiental. A expectativa é que essa infraestrutura impulsione o turismo e demonstre a viabilidade de iniciativas que equilibrem sustentabilidade com desenvolvimento regional.
Matéria produzida por Rodrigo Lopes com informações de oliberal.com
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