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Correios encerram agências no Brasil, e Belém está na lista; veja o impacto

Reestruturação prevê fechamento de 38 unidades e ajustes em 19 outras no país




agências dos correios
Foto: Divulgação

A agência dos Correios vai fechar 38 unidades das sucursais conhecidas como CEM (Correios Empresa). O fechamento foi anunciado em comunicado interno em dezembro do ano passado. Além disso, há previsão de redução do tamanho de outras 19 agências das 49 que continuarão operando. Entre as agências que serão fechadas, destaca-se a sede dos Correios em Belém, localizada na avenida Presidente Vargas.


Segundo a empresa, o fechamento está previsto para o próximo dia 1º de fevereiro. E, também, anuncia um plano de migração, segundo ela, para assegurar a continuidade do atendimento aos clientes das unidades que serão fechadas. A reorganização das atividades inclui a comunicação com os clientes afetados e a realocação de funcionários, além da redistribuição de móveis, equipamentos e veículos.


Em nota dada à imprensa, os Correios justificam o fechamento:


“As agências Correios Empresas foram criadas pela gestão anterior. A avaliação atual realizada pelas áreas técnicas da empresa é de que as unidades encerradas não estavam apresentando os resultados esperados. Desta forma, a decisão visou otimizar recursos, prezando pelos negócios da empresa e pelo interesse público”, destacou a nota.

Insolvência nos correios


A previsão de receita para 2024 foi ajustada para R$ 20,1 bilhões, um crescimento modesto de 1,5% em relação a 2023. As despesas projetadas, por outro lado, foram reduzidas para R$ 21,9 bilhões, o que representa uma economia de R$ 600 milhões.


Embora os investimentos médios tenham aumentado nos últimos anos, saltando de R$ 345 milhões (2019-2021) para R$ 750 milhões (2022-2024), o montante ainda é considerado insuficiente para garantir a sustentabilidade da operação.


Fatores como a defasagem acumulada de 74,12% nos reajustes tarifários e a queda no volume de correspondências, com a migração para o meio digital, agravaram a situação. Desde 2010, a receita proveniente do segmento de mensagens caiu de 54% para 21%.


Redução dos serviços com a “taxa das blusinhas”


A “taxa da blusinha” reduziu compras em sites internacionais, impactando a receita dos Correios e agravando seus desafios financeiros. Chamada popularmente de “taxa das blusinhas”, a Lei 14.902/2024 estabelece a taxação de compras internacionais de até US$ 50. O objetivo da medida é aumentar a arrecadação do governo em um contexto de desequilíbrio das contas públicas.


A lei ganhou este nome porque afeta principalmente consumidores que costumam comprar produtos de até US$ 50 de lojas estrangeiras, como a Shein, que vende majoritariamente peças de vestuário. Com a legislação, compras realizadas em sites estrangeiros, que antes estavam isentas se o valor fosse de até 50 dólares, agora estarão sujeitas a uma nova tributação. Para compras acima de 50 dólares, a alíquota se mantém em 60% (com dedução de 20 dólares).


Impacto da mudança


Com a redução das agências que prestam atendimento a empresas e oferecem serviços personalizados, a capacidade dos Correios de competir no setor, especialmente na captação de grandes clientes fica enfraquecido e oneroso. Agências franqueadas, que atuam de forma privada e sem a mesma fiscalização, tem sua expansão favorecida com a medida, tendo em vista que o mercado é altamente competitivo.


As agências CEM são peças-chave para garantir a sustentabilidade da empresa; A redução dessas unidades enfraquece contratos empresariais em áreas cruciais, prejudicando a geração de receitas e comprometendo o atendimento de qualidade à população.


Lista das cidades que terão agências CEM encerradas



tabela de cidades

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Fonte: Correios

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