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COP 30 quer destravar trilhões em financiamento climático e colocar Belém no centro das decisões globais; entenda

Foto do escritor: Jaelta SouzaJaelta Souza

Brasil quer transformar a capital paraense no epicentro mundial de investimentos para ações sustentáveis.


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Foto: reprodução

A Conferência do Clima das Nações Unidas de 2025, a COP30, terá um papel decisivo para o futuro das políticas ambientais globais. Com sede em Belém, a conferência será marcada por uma mudança de paradigma: sair das longas negociações diplomáticas e avançar para a implementação real de medidas sustentáveis. O foco principal será ampliar o financiamento climático para países em desenvolvimento e acelerar as metas do Acordo de Paris.


Brasil quer COP30 como marco de transformação


O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, afirmou que a intenção do Brasil é que a conferência seja um divisor de águas no debate climático global. Para isso, a estratégia será destravar o fluxo de investimentos para iniciativas ambientais e garantir que os compromissos assumidos pelos países resultem em mudanças reais.

"A COP30 precisa representar a transição definitiva da fase de negociações para a fase de ação e implementação", destacou Corrêa do Lago durante discurso na Assembleia Geral da ONU.

Financiamento climático no centro das discussões


Um dos principais desafios será mobilizar trilhões de dólares para ajudar as nações mais vulneráveis a se adaptarem às mudanças climáticas. A estratégia chamada "Baku a Belém Roadmap to 1.3T" busca estruturar um plano global de captação de investimentos para garantir que os países tenham recursos para implementar suas metas climáticas.


Acordo de Paris: hora de colocar em prática


Desde sua aprovação em 2015, o Acordo de Paris estabeleceu regras claras para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e limitar o aquecimento global a 1,5°C. Agora, segundo Corrêa do Lago, o momento é de ação.


"Palavras e textos precisam ser traduzidos em transformações reais, no chão, nas cidades e comunidades", afirmou o embaixador.

A COP30 também reforçará a necessidade de os países atualizarem suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), garantindo que os planos climáticos estejam alinhados com os desafios atuais.


Amazônia como protagonista global


Pela primeira vez, uma conferência do clima será realizada na Amazônia. A escolha de Belém como sede reforça o papel estratégico da região na luta contra as mudanças climáticas. A intenção do Brasil é transformar a Amazônia de símbolo do desmatamento em uma referência global de soluções ambientais, apostando na bioeconomia, na valorização dos saberes tradicionais e na restauração florestal.


Cooperação internacional e justiça climática


Outro ponto central será a defesa do multilateralismo e da justiça climática. O Brasil pretende conduzir sua presidência na COP30 incentivando maior cooperação entre os países para reduzir desigualdades sociais e econômicas dentro do debate ambiental.


"Não existe futuro para a humanidade sem cooperação profunda e sustentada entre todos os países", reforçou Corrêa do Lago.

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Foto: reprodução

A COP30 está prevista para novembro de 2025 e reunirá líderes mundiais, diplomatas, cientistas, empresários e ativistas em Belém para definir o futuro da agenda climática global. A expectativa é que a conferência estabeleça um novo patamar de compromissos ambientais, transformando discursos em mudanças concretas para o planeta.

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