O fluxo de aeronaves durante evento irá exigir mais estacionamentos e maior capacidade logística para atender as demandas

A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), vai movimentar a malha aérea em novembro. Para receber representantes de mais de 190 países, será necessária uma megaoperação. A logística deve envolver 12 aeroportos, distribuídos entre o Norte e o Nordeste do País, segundo a Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo (Abesata).
Segundo a associação, o evento pode gerar um fluxo de mais de 100 aeronaves para a capital do Pará. Um dos principais desafios logísticos será o estacionamento dos aviões. Apesar de ser o mais movimentado da região Norte, o Aeroporto Internacional de Belém não tem capacidade para abrigar todos. Com isso, após desembarcarem os tripulantes na capital paraense, as aeronaves devem seguir para as outras localidades. São elas:
Santarém (PA),
Altamira (PA),
Macapá (AP),
Imperatriz (MA),
Marabá (PA),
São Luís (MA),
Salvador (BA),
Recife (PB),
Natal (RN),
Fortaleza (CE) e
Maceió (AL).
As empresas de ground holding, responsáveis por apoiar a infraestrutura aérea em solo e representadas pela Abesata, vão investir, ao menos, R$ 60 milhões na preparação para a COP 30. O montante será direcionado, principalmente, para a compra de novos equipamentos.
Expansão e logística
A megaoperação prevê também a contratação de 180 pessoas adicionais pelas empresas de apoio no solo, que são responsáveis pelo manuseio de bagagens e abastecimento e limpeza de aeronaves, por exemplo. Atuam ainda na coordenação de serviços de rampa e de proteção, como inspeção e raio X.
A concessionária Norte da Amazônia Airports (NOA), responsável pelo Aeroporto Internacional de Belém, Júlio Cezar Ribeiro (Val-de-Cans), anunciou recentemente que irá investir R$ 450 milhões em modernização. As obras incluem a expansão das áreas de embarque em quase três vezes. O número de posições para estacionamento de aeronaves também será ampliado com a construção de um novo pátio.
Além da Abesata e da NOA, a operação aérea para a COP 30 tem mobilizado outras entidades. Entre elas, a Secretaria de Aviação Civil e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Em paralelo, ligada ao governo federal, foi criada a Secretaria Especial COP 30 (Secop), responsável por gerir um plano geral entre todos os envolvidos no evento.
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