AmpliAR promete impulsionar infraestrutura na Amazônia e no Nordeste, com previsão de R$ 3,4 bilhões em investimentos iniciais
O Ministério de Portos e Aeroportos (MPor) lançou, nesta terça-feira (17), a consulta pública do Programa AmpliAR, uma iniciativa destinada à modernização e expansão da infraestrutura aeroportuária em regiões estratégicas do Brasil. O programa busca integrar essas localidades à malha aérea nacional, facilitando o transporte aéreo e fomentando o desenvolvimento socioeconômico.
Investimentos e integração
O AmpliAR prevê um modelo em que concessionárias assumam a gestão de aeroportos regionais deficitários por meio de processos competitivos simplificados, com contrapartidas como reequilíbrio de contratos, redução de outorgas ou extensão de prazos de concessão.
Na primeira fase, o programa contempla 50 aeródromos na Amazônia Legal e no Nordeste, priorizando localidades com maior déficit de infraestrutura e alto impacto social. Estima-se que o programa atraia R$ 3,4 bilhões em investimentos iniciais, com potencial de alcançar R$ 5 bilhões no total.
Aeroportos paraenses contemplados
No Pará, 11 aeródromos foram incluídos na lista da primeira etapa, abrangendo localidades estratégicas para o desenvolvimento regional:
Almeirim
Breves
Salinópolis
Itaituba
Jacareacanga
Novo Progresso
Oriximiná
Paragominas
Redenção
São Félix do Xingu
Tucuruí
Benefícios econômicos
A modernização dos aeroportos paraenses promete fortalecer a integração logística no estado, reduzir barreiras de mobilidade e estimular setores como turismo e comércio. Além disso, permitirá que localidades remotas, especialmente na região amazônica, estejam melhor conectadas ao restante do país, promovendo acesso a bens, serviços e oportunidades.
Próximos passos
A consulta pública, disponível até o dia 15 de janeiro de 2025, busca contribuições de estados, municípios, concessionárias e companhias aéreas para aprimorar o modelo de concessão. O leilão dos blocos de aeroportos está previsto para ocorrer no primeiro semestre de 2025, dando início à implementação do programa.
O Plano Aeroviário Nacional (PAN) foi utilizado como referência para a seleção dos aeroportos contemplados, priorizando a relação custo-benefício social e as necessidades específicas de cada região.
Matéria produzida por Rodrigo Lopes
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