O presidente francês, Emmanuel Macron, passará três dias no Brasil percorrendo quatro cidades da federal. Belém(PA) é uma das capitais que irá receber o presidente; veja a agenda
O presidente Lula irá receber o presidente da França, Emmanuel Macron, em Belém, na próxima terça-feira, dia 26. A previsão, é de que o francês passe 4 horas na capital paraense. Após isso, o presidente deve seguir para os seus outros compromissos sendo Itaguaí/RJ (manhã de 27/3), São Paulo (tarde de 27/3) e Brasília (28/3).
Entre as pautas abordadas pelo presidente francês, está a temática da desinformação e da propagação das fake news. Segundo informações divulgadas pelo Correio Braziliense, Macron vai relatar ao presidente brasileiro dispositivos e regulamentações adotadas na Europa para responsabilizar as plataformas digitais diante de casos de fake news.
Ainda segundo o correio Braziliense, os dois presidentes deverão convocar os países a aumentar as contribuições nacionais em MDC e apresentar planos e medidas em apoio ao desenvolvimento, em especial na área da bioeconomia tanto da Amazônia brasileira como na Guiana Francesa.
Os líderes devem anunciar iniciativas para um desenvolvimento conjunto da Amazônia, além de uma reflexão sobre uma eventual criação de um instituto de biodiversidade entre os dois países.
Em Belém
Em Belém, o principal tema da conversa entre os líderes deve ser a realização da Conferência do Clima da ONU (Organização das Nações Unidas) pela 1ª vez na Amazônia.
Os dois presidentes farão deslocamento de barco pela baía de Guajará, com parada na ilha de Combu, para visita a comunidade local. Segundo informação divulgada pelo jornalista Igor Gadelha, os líderes devem visitar também a fábrica sustentável de chocolates Filha do Combu, da paraense Dona Nena.
No Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, Macron irá visitar a sede do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), em Itaguaí, na quarta-feira, dia 27, para acompanhar o lançamento ao mar do submarino Tonelero (S42), o terceiro dos quatro submarinos com propulsão convencional desenvolvidos no Prosub.
Em Brasília
Em Brasília, o presidente Macron será recebido no Palácio do Planalto, onde ocorrerão reunião e cerimônia de assinatura de atos, no Palácio Itamaraty, para almoço, e no Congresso Nacional.
Em São Paulo
Em São Paulo, o mandatário francês cumprirá agendas relacionadas às cooperações esportiva, cultural, científica e tecnológica e participará do V Fórum Econômico Brasil-França e de evento com a comunidade francesa.
Acordos
Entre os acordos discutidos, um — sobre a troca (e proteção) mútua de informação e cooperação — é prioridade para o Governo Federal. Quem trabalha neste campo no lado brasileiro é a Secretaria de Comunicação Social (SECOM) da Presidência da República e o Ministério da Educação. Do lado francês, está o Ministério do Trabalho, da Saúde e da Solidariedade.
Também há outro protocolo de intenções de investimento da ordem de R$ 100 milhões de reais entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco da Amazônia e a AFD, que é a Agência Francesa de Desenvolvimento.
O Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica é outro destaque nas negociações. "Esse centro, digamos, existe, mas não existe um prédio, não é um edifício. Inicialmente se pensou em criar um prédio edifício, mas isso não prosperou. A ideia agora é retomar esse trabalho sem a necessidade de ganhar o prédio, mas fazendo essas pesquisas, por exemplo, lançando editais e com assuntos de interesse mútuo em que pesquisadores e cientistas dos dois lados possam continuar trabalhando conjuntamente para resultados concretos e construtivos para os dois países", disse a embaixadora.
Relação Brasil x França
A França ocupa a posição de 3º maior investidor no Brasil, pelo critério de controlador final, com cerca de US$ 38 bilhões investidos. Em 2023, a corrente de comércio bilateral alcançou US$ 8,4 bilhões, com US$ 2,9 bilhões de exportações brasileiras.
Além disso, a França foi o primeiro país europeu a reconhecer a independência brasileira, em 1825, estabelecendo importantes vínculos políticos, culturais e econômicos com o Brasil.
Com informações do Governo Federal
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