Equipes auto-organizadas são tendência de modelo organizacional, que busca desenvolver projetos multidisciplinares, eficientes e ágeis
Há algum tempo, o termo squad se popularizou entre as empresas do mundo todo, sobretudo no meio das startups e empresas de tecnologia. Isso se deu, em grande parte, por uma publicação de uma gigante do streaming musical, que divulgou que utiliza o modelo organizacional. A partir daí, esse modelo de equipes auto-organizadas ganhou certa popularidade como sendo ideal para o desenvolvimento de projetos que demandam eficiência, multidisciplinaridade e agilidade. Pensando nisso, a Certsys, consultoria de tecnologia focada em transformação digital e hiperautomação, por meio do seu Head de Produtos Digitais e Squads, Alexandre Abdalla, desenvolveu algumas explicações básicas e dicas para que as empresas possam dar os primeiros passos conhecendo e implementando squads.
Detalhando um pouco mais, o squad nada mais é do que um modelo organizacional aplicável a qualquer tipo de organização que se utiliza da criação de pequenos grupos de colaboradores com conhecimentos diversos (formando uma equipe multidisciplinar) para atender a um objetivo em comum, bem específico, e possuindo autonomia para tomar as decisões necessárias para atingir esse objetivo. Esses grupos têm, geralmente, dez pessoas.
A proposta é ter uma visão plural sobre a solução de determinados problemas e demandas. “Cada squad desenha seu próprio caminho em direção à solução, contando com pontos de vista diferentes (mostrando os benefícios da diversidade), o que garante uma blindagem maior a falhas e completude na solução, assim como com autonomia para decidir sem passar por uma cadeia de comando complexa, que nem sempre está à par de tudo que está sendo pensado para aquele objetivo. Isso demanda uma descentralização e transparência que nem sempre são fáceis de conseguir em uma empresa”, explica Abdalla.
Como desenvolver um squad
“O passo inicial, e o mais importante para começar, é ter um consultor ou colaborador especializado em squads ajudando na organização. Essa pessoa irá guiar o grupo por diversas metodologias que precisam ser aplicadas na construção e tempo de vida do squad”, explica o executivo.
Cada squad conta com um product owner, responsável pela gestão do squad. Essa pessoa define as prioridades e cuida da organização do projeto. Para um squad funcionar bem, ele precisa ter uma comunicação extremamente alinhada. “Curiosamente, as pessoas tendem a achar que montar um squad é uma questão simples, basta unir em um time algumas pessoas de setores diferentes de uma empresa. Este não poderia ser um ponto de vista mais equivocado”, comenta.
O próximo passo é conhecer bem as competências do time, sabendo com o que cada indivíduo pode contribuir. Após isso, é importante ter os objetivos bem claros para todos os envolvidos, inclusive, deixando a gestão ciente de que aquele tipo é independente, com formações complementares para atender à uma demanda. “Não basta conhecer a formação possuída ou área em que um colaborador atua. Quem organiza o squad precisa conhecer as soft skills dos membros, pois a interação será chave durante todo o projeto”, completa Abdalla.
A fim de montar um squad organizado e manter vários squads em harmoniza dentro de uma organização, é necessária muita comunicação. É por isso que se utilizam, também, subdivisões, ou divisões paralelas, dos squads: os chapters, as tribes e as guilds.
Os chapters são subdivisões de profissionais de squads diferentes, onde ficam reunidos profissionais de um mesmo setor. Isso faz com que todo o setor de uma empresa tenha conhecimento sobre todos os projetos dos squads ativos. As tribes são composições de dois ou mais squads que possuem objetivos similares. Por precisarem estar mais alinhados, há uma conexão por meio da tribo. Por fim, as guilds são grupos formados por pessoas de qualquer área, mas que se interessam por algum assunto em comum e, por isso, mantêm uma comunicação ativa.
Abdalla aponta que, em resumo, sempre que amadurece um squad, alinhado com agile coachs e agile masters, que são especialistas em modelos e culturas ágeis, ele se foca em nove itens do molho secreto do “Schuman”:
Superpoderes – autonomia para o grupo;
Propósito – objetivo claro a ser conquistado com a organização do squad;
Forças – habilidades e pessoas que compõem a equipe;
Movimentos arrojados;
Resultados – entregas pensadas durante o processo;
Resiliência;
Indicadores – para balizar o projeto;
Acreditar;
Processos e governança – a fim de ter um método.
Além disso, o especialista ressalta que o mais importante é se lembrar que squads são feitos de pessoas e a tecnologia é apenas um meio para facilitar que o desejo de negócio se materialize.
Sobre a Certsys
A transformação digital deve ser contínua e baseada em pessoas para gerar resultados efetivos aos negócios. Essa é a premissa da Certsys, que há 15 anos atua como consultora e parceira de estratégia de negócios digitais de grandes empresas dos setores financeiro, governamental, securitário, varejista, industrial, entre outros. Para apoiar na evolução dos negócios das companhias, oferece um portfólio com soluções de parceiros internacionais, além de criações customizadas desenvolvidas por seu laboratório de inovação nas áreas de Hyperautomation, Data & Analytics, Cloud & Platform, Data Protection & Compliance, Digital Products & Squads e FP&S – Financial Products & Services. A Certsys atualmente emprega mais de 550 profissionais.
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