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Com saldo negativo de R$ 15,5 bi, poupança tem queda pelo 4° ano; entenda os impactos

Número de saques somados em  R$ 4,212 trilhões superou o número depósitos de depósitos de R$ 4,197 trilhões



poupança com saldo negativo
Imagem: Money Times

Com saldo negativo de R$ 15,5 bi poupança tem queda pelo 4° ano consecutivo. Entenda os impactos:

  • Os saques superaram os depósitos na poupança e o saldo negativo totalizou R$ 15,5 bilhões.

  • O resultado do ano passado decorre de depósitos de R$ 4,197 trilhões e saques de R$ 4,212 trilhões da poupança.

  • Os brasileiros receberam em rendimentos outros R$ 64, 3 bilhões.

  • No fim de dezembro do ano passado, remanesceram nas cadernetas apenas R$ 1,031 trilhão.


A saída de valores da poupança em 2024 foi menor que a do ano anterior – quando mais de R$ 87,8 bilhões deixaram a modalidade de investimentos. Mesmo com a retirada de recursos da poupança no último ano, o estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, registrou aumento para R$ 1,03 trilhão.


Em dezembro de 2023, o volume total somou R$ 983 bilhões. O aumento aconteceu por conta dos rendimentos creditados nas contas dos poupadores. 

 

Queda da poupança e alta da taxa Selic aumentam juros na compra de imóveis


O rendimento da poupança está atrelado à taxa básica de juros da economia, a Selic. No entanto, o rendimento da poupança depende de duas variáveis: a taxa Selic e o tempo de aplicação.


Se a Selic for superior a 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), que atualmente praticamente zerada.


  • Se a Selic for igual ou inferior a 8,5%, o rendimento será de 70% da Selic ao ano, mais a TR.


  • A queda nos depósitos da poupança, uma das fontes mais acessíveis para financiamento habitacional, ocorreu em um cenário de alta da taxa Selic, que chegou a 12,25% e pode atingir 14,25% até março.


Para operações no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que financia imóveis de até R$ 1,5 milhão, as taxas passaram a considerar a Taxa Referencial (TR) acrescida de 10,99% a 11,49% ao ano. No caso do Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), destinado a imóveis acima de R$ 1,5 milhão, os juros subiram para TR + 11,87% a 12% ao ano.


O aumento das taxas não é exclusivo da Caixa. Em 2024, bancos privados como Itaú e Santander iniciaram ajustes em seus financiamentos imobiliários, também devido à alta da Selic. Com a Selic subindo de 10,50% para 12,25% e previsão de novos aumentos, a pressão sobre o crédito habitacional deve continuar.


Para mais informações sobre economia, leia : “Caixa aumenta taxa de juros para o financiamento imobiliário"


Maioria dos brasileiros não consegue poupar dinheiro


A pesquisa “Pulso 2023” da Ipsos, revela que 61% dos brasileiros não conseguem guardar dinheiro para investimento ou poupança, enquanto 34% conseguem fazer uma reserva. 5% dos participantes não souberam ou não responderam à questão.


No que se refere ao otimismo em relação à situação financeira, tema também abordado na pesquisa, 60% das pessoas expressaram confiança de que seu padrão de consumo será melhor ou muito melhor nos próximos 12 meses. (Fonte: Pesquisa Pulso)



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