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Com investimento de R$ 24 milhões, Porto Futuro II terá Museu a céu aberto

O novo espaço cultural, que será instalado no Porto Futuro II e terá quatro eixos temáticos principais: a Amazônia Milenar, Amazônia Secular, Amazônia Degradada e as Amazônias Possíveis

Museu a céu aberto Porto Futuro II Belém
Imagens do projeto do Porto Futuro II

Em uma iniciativa de grande impacto cultural e ambiental, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em conjunto com diversos parceiros, lançou o Museu das Amazônias. O evento ocorreu nesta segunda-feira, 8 de agosto, em Belém, Pará, e é visto como um dos principais legados da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá em 2025 na capital paraense.


A cerimônia de inauguração, realizada no Palácio dos Despachos, contou com a presença de importantes figuras políticas e científicas. Entre eles estavam o governador do Pará, Helder Barbalho, a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e a diretora socioambiental do BNDES, Tereza Campello. O museu é resultado de uma parceria entre o BNDES, o Governo do Pará, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e o Instituto Cultural Vale.


O investimento


De acordo com o MCTI, será investido R$ 20 milhões no projeto, enquanto o CAF contribuirá com uma quantia de 800 mil dólares. O BNDES, além de fornecer assessoria técnica, tem sido fundamental na articulação de apoiadores para a iniciativa. O novo espaço cultural, que será um museu a céu aberto instalado no Porto Futuro II, terá quatro eixos temáticos principais: Amazônia Milenar, que destacará os saberes ancestrais indígenas; Amazônia Secular, que enfocará as comunidades ribeirinhas, quilombolas, extrativistas, seringueiros e pescadores; Amazônia Degradada, alertando sobre os riscos ambientais; e Amazônias Possíveis, um debate crucial sobre os futuros possíveis para o bioma amazônico.


O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou a importância do museu como uma ferramenta para sensibilizar as lideranças globais sobre a necessidade urgente da preservação amazônica. “Será um legado para a COP de Belém. A vida no planeta precisa cada vez mais da Amazônia, e o museu é parte da estratégia do BNDES como um banco verde, que liderou mundialmente o financiamento de energia renovável e sustentável e que está na linha de frente da descarbonização da indústria e da agricultura”, afirmou Mercadante. Ele enfatizou a necessidade do engajamento das lideranças políticas para reverter a crise climática que continua a aquecer o planeta.


A criação do Museu

Museu a céu aberto Porto Futuro II Belém
Lançamento do Museu das Amazônias. Foto: Divulgação BNDES

A criação do Museu das Amazônias terá a participação ativa da comunidade acadêmica e científica da Pan-Amazônia, além da colaboração da sociedade civil. Esse engajamento será realizado através de um cronograma de escutas coordenado pelo Museu Emílio Goeldi. O planejamento do projeto é resultado de um acordo de cooperação já estabelecido entre o governo do Pará e o IDG.


Os recursos fornecidos pelo CAF serão utilizados para o desenvolvimento e implantação dos projetos executivos necessários para a construção do museu. Isso garantirá a qualidade técnica, critérios de sustentabilidade e o alinhamento com as diretrizes aplicáveis à região amazônica, incluindo o estado do Pará e o município de Belém. A diretora socioambiental do BNDES destacou o compromisso do banco com o desenvolvimento cultural. “É um lado do BNDES que muita gente ainda desconhece, esse papel de fomentar não só o desenvolvimento econômico, mas também o desenvolvimento cultural. Para nós, é uma alegria enorme estar aqui. Estamos colocando mais um tijolo nessa construção que fará da COP do Pará a COP das COPs”, disse Tereza Campello.


Luciane Gorgulho, chefe de Departamento de Desenvolvimento Urbano, Patrimônio e Turismo do BNDES, ressaltou a expertise do banco em apoiar patrimônios culturais e museus. “Dada nossa experiência de mais de 25 anos de apoio a patrimônio cultural e museus, o BNDES contribuirá no modelo de sustentabilidade financeira do futuro museu”, destacou Gorgulho. Ela enfatizou que o espaço contribuirá para disseminar o conhecimento e a reflexão sobre a Amazônia.


Cooperação Internacional


A iniciativa também prevê a cooperação internacional no desenvolvimento de programas de investigação, inovação, desenvolvimento tecnológico e de conhecimentos tradicionais locais e ancestrais, sob os conceitos programáticos do Museu das Amazônias. Além disso, está estabelecido um plano museológico e programas de capacitação para docentes, educadores e investigadores. Serão promovidas redes colaborativas entre atores-chave, incentivando o intercâmbio de experiências, a colaboração e o desenvolvimento contínuo das práticas educacionais e científico-culturais relacionadas à Amazônia.


A construção do conteúdo museográfico e expográfico contará com a parceria do Museu Goeldi, que também atuará na articulação com centros de pesquisa e produção científica da Pan-Amazônia. O projeto visa, além da preservação, fomentar a consciência global sobre a importância da Amazônia para a vida no planeta.


Fonte: Bioeconomia.eng


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