Restaurante do Museu do Amanhã reabre as portas para a culinária amazônica
Com o cardápio repleto de pratos típicos amazônicos, alguns deles nunca servidos em nenhum restaurante do Sudeste brasileiro, o Casa do Saulo, liderado pelo chef paraense Saulo Jennings, abriu as portas no complexo do Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. Inauguração aconteceu no dia 15, sexta-feira.
“Será uma overdose de Amazônia, mas não quero apenas elementos ou lembranças. Vou levar memória afetiva e ancestralidade, técnicas e produtos finais indígenas. O meu principal tempero é a história“, diz Saulo, para o site Veja Rio.
O paraense tornou-se referência pelo trabalho baseado na sustentabilidade e na relação direta com os produtores de sua região, além de defender a cultura e a culinária indígena.
O cardápio
É com esse perfil que Saulo montou um cardápio único, com especiarias do Norte do Brasil. Alguns dos destaques: uma coleção de farinhas originais, o já famoso feijão de Santarém, o fantástico aviú, minicamarão de água doce, e a saborosa farinha de piracuí, feita com peixe desidratado em método indígena.
Turistas do mundo inteiro que frequentam diariamente o Museu do Amanhã podem experimentar entradas como a banana da terra com farofa de piracuí, pratos como o arroz tapajônico, feito com camarões e aviús, tucupi, jambu e pirarucu em três versões: fresco, seco e curado.
A sobremesa clássica da Casa do Saulo é o creme de cupuaçu com farofa de castanha-do-Pará e cacau, feita com a fruta nativa e a polpa retirada à mão. Uma novidade do chef vai estrear no Rio: o tiramissu de bacuri.
A carta de drinques tem ingredientes aromáticos do Norte como puxuri e priprioca, e o tacacá, transformado em coquetel com vodca, tucupi e espuma “elétrica” de jambu.
Todas as receitas serão servidas em cuias, peneiras e pratos de barro feitos por cooperativas paraenses de artesãos.
A operação do negócio
O chef Saulo costuma reservar uma semana em cada uma das três unidades dos restaurantes que tem no Pará. Com o novo empreendimento no Rio, ele pretende ir todo mês, onde fixou uma sub-chef e outros cozinheiros do Pará.
Além do restaurante paraense, o Museu do Amanhã recebe também sua maior exposição em número de peças, o Fruturos – Tempos Amazônicos, que acontece até junho deste ano.
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