Estudo foi publicado pelo Estadão, que destacou a cadeia produtiva sustentável de açaí no estado do Pará. No entanto, políticas públicas precisam ser ativadas para proteger a riqueza natural da região
Segundo dados do IBGE, o PIB gerado por produtos da floresta em pé, como açaí e cacau-amêndoa, é três vezes maior do que o registrado pela própria instituição. A atividade sustentável, que trabalha mantendo a estrutura da floresta, tem potencial para render R$ 170 bilhões em 2040 se houver investimento adequado em políticas públicas.
O artigo ressaltou que o estado do Pará é campeão absoluto há 15 anos entre os Estados amazônicos que mais desmatam, e está sentado sobre uma potencial fonte de recursos maior do que seu próprio Produto Interno Bruto (PIB).
Para acessar essa riqueza, não precisa derrubar uma árvore sequer ou abrir uma só mina. Um estudo realizado pela The Nature Conservancy (TNC) apontou pela primeira vez o tamanho e o impacto das cadeias produtivas da sociobiodiversidade locais.
A demanda de outros países por açaí (no entanto) está destruindo a floresta de várzea amazônica. O aumento do manejo de açaí para atender ao mercado internacional tem levado à perda da biodiversidade e a mudanças estruturais nas floresta de várzea da região da foz do Rio Amazonas, no Pará. O que significa que as políticas públicas mencionadas já deveriam existir para proteger os recursos.
O Pará é o maior consumidor interno e também o maior exportador da fruta (na forma de polpa congelada): 95% da produção nacional sai do estado. E para atender esta demanda interna e externa gigantesca, a área plantada, tanto em terra firme como em manejo de várzea, passou de 77,6 mil para 188 mil hectares em dez anos.
O tema bioeconomia é recorrente na região. A capital paraense está recebendo o Fórum Mundial de Bioeconomia e no mês seguinte vai receber o Seminário Internacional Amazônia In Loco. Dois importantes eventos que têm como objetivo discutir a viabilidade de negócios sustentáveis.
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