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Brasil planeja proposta de 1 tri para financiamento climático

Foto do escritor: Jaelta SouzaJaelta Souza

Brasil e Azerbaijão estruturam plano para garantir US$ 1,3 trilhão anuais até 2035




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Foto: reprodução

O Brasil, em parceria com o Azerbaijão, está elaborando um plano estratégico para viabilizar um financiamento climático de US$ 1,3 trilhão anuais até 2035. O objetivo é garantir recursos para ações de redução de emissões de gases de efeito estufa nos países em desenvolvimento. A proposta contará com o apoio do Ministério da Fazenda e do Banco Central para definir fontes e mecanismos de captação dos investimentos necessários.


Fontes de financiamento em estudo


O financiamento climático deve vir de diversas fontes, incluindo:


  • Recursos públicos e privados

  • Acordos bilaterais e multilaterais

  • Novas alternativas em análise pelo Ministério da Fazenda


Segundo o embaixador Corrêa do Lago, presidente da COP30, o Brasil está em sintonia com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, para estruturar um plano sólido e viável para mobilizar os investimentos ao longo dos próximos anos.

“Estamos muito coordenados com o Ministério da Fazenda e o Banco Central porque a participação deles nessa mobilização é essencial”, destacou Corrêa do Lago.

Desafio de atingir a meta de US$ 1,3 trilhão


Durante a última COP, realizada no Azerbaijão, os países desenvolvidos se comprometeram a fornecer pelo menos US$ 300 bilhões anuais até 2035 para auxiliar na transição climática. No entanto, especialistas consideram o valor insuficiente, o que impulsionou o Brasil a liderar um plano global mais ambicioso.


A proposta brasileira, em conjunto com o Azerbaijão, apresentará um “mapa do caminho” para atingir a meta de US$ 1,3 trilhão anuais, garantindo que o financiamento chegue efetivamente aos países que mais necessitam de suporte para combater as mudanças climáticas.


Impacto da saída dos EUA do Acordo de Paris


A recente decisão dos Estados Unidos de se retirarem do Acordo de Paris foi criticada pela secretária nacional de Mudança do Clima, Ana Toni, que reforçou o impacto negativo da medida no multilateralismo climático global.

“A saída dos EUA enfraquece o Acordo de Paris, mas as ações dos governos estaduais e das empresas ainda podem manter compromissos relevantes para o financiamento climático”, afirmou Ana Toni.

Infraestrutura de Belém e desafios para a COP30


A realização da COP30 em Belém levantou preocupações sobre a infraestrutura da cidade para receber um evento de grande porte. A limitação da rede hoteleira e os desafios logísticos foram apontados como obstáculos, mas o governo já trabalha em ajustes na programação para minimizar impactos.


O presidente da COP30, Corrêa do Lago, minimizou os desafios e reforçou a importância de Belém como sede do evento.

“Ninguém escolheu Belém porque tinha muitos hotéis. A cidade foi escolhida porque está na Amazônia e tem um simbolismo imenso para a agenda climática global”, afirmou.

Para contornar a questão da infraestrutura, o governo antecipou a semana destinada à presença de chefes de Estado, reduzindo o fluxo de visitantes de 50 mil para 30 mil pessoas nos dias mais movimentados da cúpula.


Perspectivas para o financiamento climático


O financiamento climático se tornou um dos temas centrais da COP30, e a proposta de US$ 1,3 trilhão anuais até 2035 pode representar um marco nas negociações ambientais globais. Com o envolvimento de diversos setores e países, a expectativa é que novos mecanismos sejam estabelecidos para garantir que os recursos cheguem de forma eficiente às nações mais impactadas pelas mudanças climáticas.


A COP30 será realizada em novembro de 2025, e o Brasil pretende consolidar seu protagonismo nas discussões, buscando soluções concretas para o desafio do financiamento sustentável global.


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