Negócio baseado inteiramente na venda de produtos derivados da fruta amazônica está dando tão certo que a Oakberry quer eliminar fornecer e plantar ela mesma pés de açaí
A Oakberry — a rede de franquias que está popularizando o açaí em países como o Catar e os Emirados Árabes — acaba de levantar R$ 90 milhões numa rodada que vai permitir à empresa verticalizar a produção de sua matéria-prima (que não vai ser no Pará, maior produtor do Brasil), bem como abrir unidades próprias em regiões estratégicas no exterior.
A capitalização é a primeira da história da rede, fundada há cinco anos por dois jovens empreendedores — Georgios Frangulis e Renato Haidar. A Oakberry saiu de zero para 500 lojas usando apenas a geração de caixa própria.
A Oakberry já opera em 22 países e atua majoritariamente com franquias. Das 500 lojas, apenas 22 são próprias. Georgios disse ao Brazil Journal que a Oakberry quer abrir mais 320 lojas no ano que vem: 170 no exterior e 150 no Brasil.
“No exterior temos masterfranqueados que, por contrato, tem um número mínimo de lojas que eles precisam abrir ou subfranquear. Esses 170 que projetamos é considerando esse valor mínimo, mas na prática muitos deles acabam abrindo até mais,” disse o CEO.
Como a expansão é financiada pelo próprio franqueado, a Oakberry vai usar os recursos da rodada principalmente para verticalizar a produção de sua matéria prima. Até hoje, ela terceiriza a produção do açaí: uma empresa fabrica o produto e depois vende diretamente para os franqueados da rede. (Em alguns casos, a Oakberry ganha um rebate na venda, mas a receita nessa frente é ínfima).
Agora, a empresa vai abrir uma fábrica em Manaus e estruturar a cadeia de fornecedores para cuidar ela própria de toda a fabricação e fornecimento.
Isso vai dar à Oakberry uma linha de receita adicional, mas, mais importante, controle sobre toda a cadeia — garantindo um custo atrativo para os franqueados.
Gustavo afirma que no exterior, os principais mercados da Oakberry são os Estados Unidos, a Austrália, os Emirados Árabes, Espanha, Portugal, e o Catar, países que passarão a demandar diretamente o açaí da nova fábrica.
O plano de expansão envolve abrir mais lojas nesses mercados, mas também entrar em novos. México e Reino Unido são os próximos.
(Encontre o conteúdo original da história em Brazil Journal)
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