Eletrobras e Eletronorte receberam aval da Agência Nacional de Energia Elétrica para levar adiante o plano de erguer três grandes hidrelétricas na Bacia do Rio Tapajós
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou os estudos de viabilidade para construção de três grandes hidrelétricas na região amazônica.
O pedido da Eletrobras e da sua subsidiária Eletronorte foi aprovado nesta semana pela agência. Os estudos vão avaliar a instalação das usinas de Jamanxim, Cachoeira do Caí e Cachoeira dos Patos. Juntas, as hidrelétricas somariam mais de 2,2 mil megawatts, o suficiente para abastecer mais de três milhões de famílias.
Os levantamentos poderão ser realizados até 31 de dezembro de 2023. Há mais de dez anos, a Aneel recebe pedidos para estudar a construção dessas usinas, mas nunca foram viabilizados.
Eletrobras e Eletronorte estão no “Consórcio Tapajós”, criado para viabilizar essas hidrelétricas que, há mais de uma década, não saem do papel devido aos possíveis impactos sobre áreas de conservação e terras indígenas da Amazonia.
Até hoje, o consórcio, que contava com a participação de companhias estrangeiras e nacionais, já gastou R$ 130 milhões em estudos frustrados.
Desde 2013, nenhum projeto hidrelétrico de médio ou grande porte foi licitado pelo governo federal, devido à complexidade ambiental.
O governo já possui o inventário de cada rio, com a capacidade de geração de cada usina, mas basicamente todas as propostas incluem a criação de reservatórios que alagariam grandes áreas protegidas.
A Eletrobras afirmou em nota que, “do ponto de vista técnico, a bacia do rio Tapajós guarda um relevante potencial hidrelétrico, com elevada capacidade natural de regularização das vazões do rio ao longo do ano” e que os estudos das novas usinas “ainda necessitam de ações governamentais”.
A Eletronorte explicou que “todos os projetos são viáveis tecnicamente e trariam grandes ganhos para a população brasileira, por serem empreendimentos de energia limpa, renovável e de custo potencialmente inferior ao de outras fontes de geração”.
(Com informações do jornal Estado de S. Paulo e Revista Oeste)
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