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Aeroporto de Belém será ampliado para receber Air Force One e outras aeronaves de grande porte

A base aérea de Belém não tem capacidade para estacionar todos os aviões de chefes de Estado e outras autoridades que devem comparecer no evento

Aeroporto Belém
Imagem via Flicker

A organização da COP-30, a conferência de clima da ONU (Organização das Nações Unidas) que acontecerá no Brasil em 2025, planeja ampliar a base aérea de Belém para que ela tenha capacidade de receber as aeronaves dos principais chefes de estado do mundo. A ideia é ampliar a sala VIP e o hangar da base, para dar a ela condições de receber aeronaves como o Boeing 747 usado pelo presidente chinês, Xi Jinping, o Ilyushin Il russo, de Vladmir Putin, ou mesmo o Air Force One, dos Estados Unidos.


Aviões de autoridades de menor escalão ou de países com menos exigências terão procedimento diferente. O plano para os países com protocolo de segurança menos complexo é fazer uma espécie de rodízio: as aeronaves pousariam em Belém, desembarcariam seus passageiros, reabasteceriam, então levantariam voo para outros aeroportos próximos, como Macapá (AP), onde ficariam estacionadas até o momento do retorno.


Organizadores da COP em Belém -membros do governo federal, estadual e também da gestão municipal- trabalham em soluções para receber o evento na cidade, que tem menor capacidade hoteleira e logística do que outras sedes recentes da conferência. Em março, as dificuldades logísticas fizeram o governo Lula (PT) cogitar fatiar a reunião e passar parte dos compromissos para cidades como Rio de Janeiro ou São Paulo. A ideia, no entanto, não está na mesa neste momento, conforme disseram sob reserva três pessoas envolvidas diretamente nas negociações, em diferentes instâncias.


Neste momento, diz uma delas, o foco é fazer com que seja possível sediar o evento em Belém. Uma série de propostas já foram apresentadas ao presidente Lula. A organização da COP negocia a ampliação dos hangares da base aérea para receber o Air Force One -e talvez mais de um, já que eventualmente chefes de Estado viajam com duas ou mais aeronaves iguais, por questões de segurança.


Ter onde estacionar o avião é crucial, uma vez que as exigências de segurança dos Estados Unidos demandam que o presidente nunca fique muito distante do seu meio de transporte, para caso de emergência. Protocolo semelhante existe em casos de países como China e Rússia, e suas respectivas aeronaves. Para estacionar esses aviões, que no jargão aeronáutico são chamados do tipo “echo”, será necessário ampliar o hangar de estacionamento da base aérea.


Embora ainda não seja possível prever se algum dos líderes dessas superpotências irá a Belém no próximo ano, a avaliação é que a estrutura para recepcioná-los e também para receber outras autoridades que viajam com comitivas numerosas -ou que têm regras de segurança mais complexas- precisa estar pronta. O número de áreas VIP na base aérea também deve aumentar, de uma para três.


Os organizadores da COP ainda estudam as melhores alternativas e negociam com as operadoras para fechar qual será a malha necessária para comportar todo o evento. Chegou-se a estudar a possibilidade de duplicar as pistas de pouso do aeroporto comercial de Belém, para aumentar sua capacidade, mas a opção foi descartada por não haver tempo hábil para a realização da obra.


Fonte: João Gabriel/Folhapress

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