Em meio ao avanço da variante ômicron e do vírus H3N2 da influenza, tripulação da empresa apresenta dispensas médicas em massa
Com uma alta de 405% nas dispensas médicas de tripulantes em janeiro deste ano em relação à média histórica, a Azul vai cancelar “centenas de voos” até o final do mês, disse nesta sexta-feira (7) Ondino Dutra, presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA). A entidade representa pilotos e comissários de voo.
As ausências se dão diante da necessidade de isolamento de tripulantes com síndromes gripais como Covid-19, em meio ao avanço no país da variante ômicron, e do vírus H3N2 da influenza.
“O que a empresa nos disse hoje: ela [Azul] pretende cancelar centenas de voos em janeiro, na segunda quinzena, em especial, por falta de tripulantes”, disse Dutra.
Ele participou de uma live do sindicato para falar do impacto das síndromes gripais nas operações da Azul. Com cerca de 5.000 pilotos e comissários, a empresa aérea é a líder em transportes de passageiros no Brasil nos últimos 12 meses, segundo dados da Agência Nacional de Transporte Aéreo (Anac).
Segundo o sindicato, a Azul não informou quanto representava, em números absolutos, o aumento de 405% nas dispensas médicas.
A empresa propôs aos tripulantes a possibilidade de folgar uma vez a menos por mês até março –9 vezes, em vez das 10 folgas mensais previstas em lei. Em troca, pagará bonificações que variam de R$ 489 a R$ 2.201 por folga concedida. O valor varia de acordo com a função: comissários ganham o menor valor; e comandantes de voos internacionais, o maior. A adesão dos funcionários é voluntária.
Ao g1, a Azul reafirmou que a reprogramação se deve ao aumento do número de dispensas médicas. Afirmou ainda que mais de 90% das operações normais e que os passageiros estão sendo notificados com antecedência sobre alterações (leia mais abaixo).
Na quinta-feira (6), a Gol havia emitido um alerta para possíveis impactos em voos da empresa. A empresa procura voluntários entre os tripulantes com mais de 10 folgas por mês, o mínimo estipulado em lei, que queiram trabalhar usando as folgas adicionais.
A Latam informou que ainda não foi necessário alterar voos diante do aumento dos casos de síndromes gripais no Brasil. A empresa tem sofrido menos impactos pelo fato de ter contratado 3.400 funcionários em 2021 –para dar conta da alta temporada.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) diz monitorar a situação das empresas.
(Com informações do G1)
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