Cérebros, robôs e Shakespeare, aqui está o que o filantropo leu recentemente
Quando ele não está tentando encontrar soluções para as mudanças climáticas ou acabar com a malária ou evitar a próxima pandemia, Bill Gates lê — e compartilha regularmente seus favoritos com o público. Se você está procurando algo para ler durante as férias, ou um bom presente, aqui está a última lista de Gates de suas melhores escolhas para o que ler a seguir.
The Code Breaker: Jennifer Doudna, Edição de Genes e o Futuro da Raça Humana, por Walter Isaacson
Em 2012, a bioquímica Jennifer Doudna e seus colegas descobriram a ferramenta CRISPR, uma fórmula que transformou a ciência da edição de genes. O livro de Walter Isaacson conta a história dessa descoberta científica e explica tanto a promessa quanto os desafios éticos, incluindo o fato de que um cientista chinês usou a tecnologia para editar os genomas de dois embriões humanos - contra a prática científica aceita - e essas crianças, agora crianças pequenas, poderão transmitir mais tarde esses genes alterados. A Fundação Gates financiou vários projetos que usam CRISPR, desde plantas editadas para sobreviver às mudanças climáticas até anticorpos que poderiam matar os patógenos que causam malária ou AIDS, então Gates está muito familiarizado com a tecnologia, mas diz que ainda aprendeu com o livro.
A Thousand Brains: A New Theory of Intelligence, por Jeff Hawkins
“De todos os assuntos sobre os quais tenho aprendido ultimamente, um se destaca por sua complexidade incompreensível: entender como as células e conexões em nossos cérebros dão origem à consciência e à nossa capacidade de aprender”, escreve Gates. Um novo livro do empresário de tecnologia Jeff Hawkins, um dos coinventores do Palm Pilot, fala sobre como entender melhor o cérebro poderia desenvolver inteligência geral artificial, ou a capacidade da IA de aprender e entender qualquer tarefa que os humanos possam.
Klara and the Sun, por Kazuo Ishiguro
“Eu amo uma boa história de robôs,” escreve Gates. O último romance de Kazuo Ishiguro conta a história de um robô chamado Klara, programado para empatia, que atua como um “amigo artificial” de uma criança doente. O livro, em primeira pessoa, é contado da perspectiva do robô. Gates observa que o trabalho já está acontecendo em robôs companheiros, particularmente como uma forma de ajudar a aliviar a solidão para pessoas mais velhas. Robôs serão uma parte importante do futuro, ele prevê, e a ficção pode nos ajudar a explorar e entender como isso deve ser.
Hamnet, por Maggie O'Farrell
Hamnet, que ganhou o National Book Critics Circle Award for Fiction este ano, parte de um fato sobre William Shakespeare — alguns anos antes de escrever Hamlet, seu próprio filho de 11 anos, Hamnet, morreu. Sem mencionar o nome Shakespeare, O'Farrell explora como os dias anteriores à morte de Hamnet poderiam ter influenciado a peça. “Hamnet é, em última análise, uma história sobre como a morte de um filho assombra seus pais, enquanto Hamlet é um conto sobre como a morte de um pai assombra seu filho”, escreve Gates. “O'Farrell habilmente une os dois e oferece uma explicação comovente de como Shakespeare canalizou sua dor e culpa para a escrita. Ela me faz querer voltar e reler a peça.”
Project Hail Mary, por Andy Weir
Weir, autor de The Martian, tem um novo romance de ficção científica sobre um professor de ciências do ensino médio que acorda em um sistema estelar diferente. Gates, que sempre amou ficção científica, diz que não consegue explicar o que amava no livro sem spoilers, mas promete que é divertido. “Comecei em um sábado e terminei no domingo, e foi uma ótima maneira de passar um fim de semana”, diz ele.
(Publicado originalmente por Adele Peters em Fast Company)
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